Trabalhadores em greve em frente ao Ministério do Trabalho, nesta terça-feira, dia 13
Os trabalhadores dos Correios de Lorena entraram em greve na manhã de terça-feira, 13 de janeiro, por melhores condições de trabalho e segurança do prédio.
De acordo com o Sindicato da categoria, o local apresenta problemas nas instalações elétricas e em toda estrutura. As atividades foram paralisadas após curto circuito ocorrido na segunda-feira, dia 12, que queimou lâmpadas e os ventiladores, tornando o ambiente ainda mais insuportável, sem iluminação e sem ventilação.
Foto do teto do prédio que está caindo devido infiltração, fornecida pelo Sindicato da categoria
“Após a chuva de domingo, a infiltração foi tanta que afetou a rede elétrica. Logo pela manhã de segunda-feira, ao ligarem o quadro de força, começaram a sair faíscas e estouros. Era o início do curto”, relatou o diretor sindical da unidade, Ewerton, mais conhecido como “Capitão”.
Segundo informou o Sindicato, a paralisação aconteceu nos dias 13 e 14, com 80% dos trabalhadores dos Correios em greve na cidade. Eles pedem a mudança para o prédio novo que já existe há anos, na avenida Oswaldo Aranha, mas por questões burocráticas, a mudança ainda não foi feita.
“Este prédio atual está totalmente condenado, com infiltrações por toda parte. Não adianta fazer manutenções, a solução mais segura seria a troca imediata para o prédio novo, que está parado”, considera Luis Antônio, diretor sindical mais conhecido como “Índio”, que também trabalha na unidade.
Os grevistas, junto com representantes do Sintect-VP (Sindicato dos Correios), protocolaram reclamações no Ministério do Trabalho, na Vigilância Sanitária, fizeram B.O. na Delegacia e procuraram o Ministério Público.
“Pedimos no mínimo a manutenção dos problemas causados com o curto, para que todos possam trabalhar pelo menos com iluminação e ventilação”, explica Marcelo Schimidt, também diretor do Sindicato. “A manutenção começou ontem e por isso hoje, quinta-feira, o trabalho foi retomado. Mas a mobilização não acabou. O atual prédio é antigo e cheio de problemas de estrutura. Não comporta o número de funcionários, não tem banheiros suficientes nem espaço de trabalho. Quando chove, ainda temos goteiras e vazamentos. Então, o que queremos é a mudança para o prédio novo, que já está pronto há muito tempo”.
Ainda de acordo com Marcelo Schimidt, o prédio que foi construído na Oswaldo Aranho será locado pelos Correios, mas foi construído por um investidor especialmente para este fim, seguindo projeto do próprio Correio. Mas o processo de contratação do aluguel nunca sai.
Os diretores do Sindicato aguardam novo posicionamento dos Correios. Enquanto isso, não está descartada nova paralisação. “Esse problema de falta de estrutura, inclusive, não é exclusividade em Lorena. Há outras cidades, como São Sebastião e Santa Branca, com risco de paralisação exatamente por causa das condições de trabalho, o que também não é diferente das demais cidades do Vale e de todo o Brasil”, finaliza Marcelo Schimidt.