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6 a cada 10 pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no Icesp estão em estado avançado

12/07/2019

Levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e à Faculdade de Medicina da USP, aponta que 6 a cada 10 pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no Icesp já foram disgnosticados em estado avançado da doença, o que significa chances de cura em torno de 40%, enquanto a probabilidade em tumores precoces pode chegar a 90%.

Os tumores considerados de cabeça e pescoço são aqueles localizados na boca, faringe, laringe, glândulas salivares, cavidade nasal e da tireoide.
“O prognóstico dos cânceres de cabeça e pescoço varia conforme seu estadiamento. Nos casos precoces, podemos falar em cura em torno de 70 a 90%. Já nos tumores maiores, com estadiamento avançado, a sobrevida cai para de 30 a 50%, além de elevar o custo do tratamento – os tumores precoces possuem custo de tratamento 10 vezes menor que os avançados”, afirma o chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Kulcsar.
O tabagismo e o etilismo são fatores de risco para o surgimento da doença. Estudo recente do Icesp apontou que 80% dos pacientes com esses tipos de tumores atendidos no hospital são ou já foram tabagistas. Quando se trata do etilismo (consumo excessivo de álcool), os números representam 50% dos pacientes.

Reconhecer o tumor precocemente é o principal fator de cura. Os sinais mais comuns de alerta são manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas persistentes, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz. “É importante procurar uma avaliação médica se qualquer sinal de alerta persistir por mais de 15 dias. Quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida após o tratamento”, afirma Kulcsar.

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