Este foi o título da palestra que proferi na Semana do Meio Ambiente, no Instituto Federal de São Paulo, campus Hortolândia, uma parceria com a prefeitura daquela cidade. Levei um rótulo plástico de uma embalagem de leite, e com ele discorri sobre o lixo que foi gerado, realçando a minha responsabilidade, uma vez que foi escolha minha adquirir aquele produto naquela embalagem.
O público majoritário era de alunos do ensino técnico e lembrei do trabalho de 2011 de mapeamento do lixo de Lorena e estabelecimento de opções para o destino dos filmes plásticos, que são utilizados especialmente para revestir alimentos, fruto da industrialização, como materiais de alta tecnologia e compõem de 3 a 5% da massa total do lixo. Com esse trabalho, ganhamos o Prêmio Jovem Cientista daquele ano, e vivenciamos a exposição na televisão, jornais e na cerimônia em Brasília.
Uma questão financeira que está envolvida na reciclagem de resíduos é o cálculo de seu valor em termos de massa, não de volume, que seria mais adequado para filmes poliméricos, dada sua baixa densidade, mas com altíssimo impacto ambiental. Um filme fino poderá causar danos de entupimento desproporcionais a sua pequena massa. Deveria, assim, ser o inverso.
Os próprios catadores desprezam, negligenciam esse tipo de resíduo, que vira lixo após a triagem que fazem.
A opção encontrada por nós foi fazer compósitos, uma mistura com fibras vegetais e esses polímeros. As fibras podem vir de resíduos da agricultura, como o bagaço de cana, e tem-se um material final com boa sustentabilidade, tanto do ponto de vista ambiental, como econômico.
Na época, tentamos sensibilizar a prefeitura lorenense sobre o projeto, sem sucesso, mesmo porque atravessávamos um período de conturbação, com muitas trocas de prefeito. Por isso é importante a participação do poder público que estava presente naquele evento em Hortolândia e fiz um paralelo com a devida cautela, pois aquela cidade da Região Metropolitana de Campinas possui cerca de 220 mil habitantes, quase três vezes a população de Lorena.
Prêmios trazem reconhecimento pelo trabalho realizado, mas os filmes plásticos continuam sendo descartados de forma inadequada, aumentando o lixo que produzimos.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
Seleção para um curso de jornalismo científico na Unicamp e uma das provas foi a elaboração de um texto discursivo, baseando-se na participação do Brasil no telescópio internacional em construção […]
A vida nada mais é que uma sucessão de oxi-reduções, como declaro ad nauseum em casa. O conhecimento do mundo de forma racional é o que nos faz suportar melhor […]
O espaço jornalístico para a divulgação da ciência é cada vez menor. Mesmo considerando a quase infinitude do espaço virtual, pouco é dedicado à divulgação e discussão do conhecimento, de […]
O mundo saiu às ruas para alertar e protestar. Em movimento coordenado, otimizando energias e racionalizando as frases, cientistas realizaram marchas nas principais cidades do planeta para denunciar os cortes […]
A lua passou à frente do sol no domingo de carnaval e pudemos ver a imagem de uma mordida em nossa estrela, desde que usando os devidos aparatos para proteger […]
Adilson Roberto Gonçalves A visita ao Centro Espacial Kennedy no Cabo Canaveral, Flórida, Estados Unidos é experiência única por mostrar a história da conquista da física, matemática, química e engenharia […]
No mundo pós-verdade vale mais a versão bem contada, espalhada e clicada no Facebook, do que o fato em si. Como testemunhas oculares, a vivência de um acontecimento já nos […]