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A história da Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Lorena

01/10/2018

Atenção: este trabalho não é de um historiador. É de um jornalista apaixonado por nossa cidade e que tem se dedicado a pesquisar, jornalisticamente, a história de nossa Lorena querida, bela e culta. É um trabalho amador, que deve ser continuado por quem queira se dedicar a esta tarefa. Há muitas lacunas na história que apresentamos abaixo, mas, certamente, os flashes históricos aqui publicados deverão contribuir para que historiadores continuem nas buscas por mais dados.  O que aqui oferecemos é apenas um pouco da história da Igreja do Rosário, agora felizmente restaurada.

Fizemos o Jornal Guaypacaré por 40 anos

Fizemos o Jornal Guaypacaré por 40 anos e de suas colunas extraímos muita coisa que a seguir apresentamos.  “Bebemos” a sabedoria de vários autores de obras da história de Lorena e cá está um punhado de flashes, subtítulos, tópicos, a fim de acrescentar um pouco a mais ao conhecimento de quem se dispuser a lê-los. Trata-se de diletantismo, idiossincrasia, de um jornalista na terceira idade, ainda entusiasmado com a vida de nossa terra.

Irmandade do Rosário: 300 anos

O grande historiador lorenense, José Geraldo Evangelista, publicou em sua coluna semanal no Jornal Guaypacaré, de 10 de março de 1998, sob o título “A Irmandade do Rosário”, que “o 1º Livro do Tombo da Matriz de Lorena, iniciado em 1718, quando foi criada a Paróquia, registra a existência da Irmandade da Senhora do Rosário e Irmandade do Rosário dos Pretos… tudo leva a crer que acabaram reunidas numa única no decorrer do tempo. O importante é lembrar que já existiam naquele ano, sendo, portanto, anteriores a 1718, isto é, nasceram com o próprio povoado, tendo cerca de 300 anos”.

1890: mais de 40% eram escravos

E continua José Geraldo Evangelista, no Jornal Guaypacaré:   “… As Irmandades do Rosário agregavam os ‘homens pretos’… e em Lorena, o número de pretos sempre foi grande, trabalhando nos engenhos de açúcar, nos leitos das fazendas de café e servindo nas residências dos senhores. Todavia, não sabemos quantos eram Irmãos do Rosário, por terem se perdido todos os livros da Irmandade.

Porém, para se dar uma idéia de seu número, os escravos somavam 3275, em 1881, numa população total de 13.532 habitantes em 1890, isto é, mais de 40% do total.  No ingresso na Irmandade, os irmãos assumiam o compromisso da recitação frequente do rosário, individual e coletivamente”.

Nasce a ideia de Capela para o Rosário

Ainda Evangelista, no Jornal Guaypacaré:  “… Nasceu espontaneamente a ideia de se construir uma capela, onde a prática da recitação frequente do rosário fosse facilitada, porque em todo o século XVIII, a Matriz de Nossa Senhora da Piedade foi uma igreja muito pequena.  Assim, iniciou-se em 1803 a igrejinha do Rosário, com o português Capitão Gregório José dos Santos tomando sob seu patrocínio a construção. E foi benzida a 26 de novembro de 1813, pelo Vigário José Gonçalves da Silva”.

Construída em 1803 e inaugurada em 1813

No livro “O Conde de Moreira Lima”, do dr. Gama Rodrigues, editado em 1942, e reeditado em 2006, pela Sociedade dos Amigos da Cultura de Lorena, em parceria com a Prefeitura de Lorena, o autor nos conta às páginas 89 e 90, que “a Igreja do Rosário, formoso templo de Lorena, foi primitivamente construída em 1803, por meio de esmolas, sob a direção e cuidados do Capitão Gregório José dos Santos, sendo inaugurada e benta pelo então Vigário Padre José Gonçalves da Silva, a 26 de dezembro de 1813”.

Quem doou o terreno para a Igreja

No “Super Guia Documentário de Lorena”, de 1994, do Jornal Guaypacaré, consta, à página 77, que “o terreno onde foi edificada a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Lorena”, foi doado pelo sr. Manoel Francisco da Costa”.

Conde reconstrói, em 1890

“Mas, de precária e antiquada construção, logo se arruinou, e foi o Conde de Moreira Lima quem meteu ombros à sua reconstrução em 1890, logo após a ultimação e inauguração da Matriz”.

Odília Machado Coelho a termina

Faustino Cesar, em “Resenha Histórica de Lorena”, editado em 1926, diz: “… A atual Igreja do Rosário (depois de começada em 1803 e terminada em 1813), foi construída sob a direção do Conde de Moreira Lima. Porém, ela permaneceu sem acabamento por mais de 25 anos. Em 1919, a Exma. Sra. D. Odilia Machado Coelho, num gesto altruístico, resolveu terminá-la às suas expensas, transformando a essa linda Capela, que hoje se admira à Praça Dr. Pedro Vieira”.  Isso em livro de 1926.

As ruas de antigamente

“… Do Largo do Rosário saia a Rua do Rosário, que em 1865 passou a chamar-se Rua Hepacaré, nome que subsiste até hoje. Saía também do Largo do Rosário um pequeno beco, que só em 1861 se ligou à então Rua Alegre, embora formando um cotovelo. É a atual Rua Dr. Carlos Autran, que liga a Igreja à Praça Arnolfo Azevedo. E a Rua do Comércio, na esquina da Capela do Rosário, é, atualmente, a Rua Dom Bosco, do Unisal e Colégio São Joaquim”.

A Capela do Rosário tinha torre

“A Capela do Rosário tinha uma torre e, em 1852, o Vigário Cândido José de Castro representou à Câmara, dizendo que a torre estava em estado de ruínas, mas os carpinteiros que a examinaram contraditaram o padre, afirmando que as taipas estavam em bom estado e que só necessitava de pequenos reparos”.

Incêndio: Capelão não tocou o sino

Angela Maria Barreto, em seu livro “Lorena – Aspectos Históricos da Câmara Municipal”, conta, à página 101: “Em 1855, um incêndio indignou a população. Às 3 horas da madrugada, o edifício da Câmara e Cadeia – que ficava de frente para a Igreja do Rosário – foi incendiado… O carcereiro fugiu, o sacristão da Igreja demorou-se para tocar o sino em sinal de alarme”.

Fogo no vizinho da Capela

Já Gama Rodrigues, em “Gens Lorenensis”, diz, à página 68: “A Cadeia, um dos mais antigos edifícios de Lorena – vizinho de frente da Capela do Rosário – construída logo após a ereção do pelourinho em 1788, foi destruída totalmente por um incêndio na noite de 1 para 2 de dezembro de 1865, e ficou inexistente até 1879”.   Angela Barreto escreveu que o incêndio no Largo do Rosário foi em 1855. Gama Rodrigues registrou que foi em 1865.

Câmara, “Quitanda”, pelourinho

“O prédio da Câmara avançava mais para o centro, deixando um pequeno largo no fundo, onde funcionava aos domingos a ‘Quitanda’, na qual se compravam os gêneros de alimentação”, conta, ainda José Geraldo Evangelista, à página 49, de “Lorena no Século XIX”.

“Foi ali, no Largo do Rosário que levantou-se o pelourinho, símbolo da autonomia da nova Vila, bem defronte do sobradão da Cadeia e Câmara Municipal”.

Não tinha dourados como as Igrejas de Minas

Escreveu José Geraldo Evangelista, no Jornal Guaypacaré: “… O Largo tinha sua graça, pois se de um lado ficava o Paço Municipal, ‘construção de um só andar, mas muita limpa’, como descreve Saint-Hilaire, do outro ficava a Igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário, que não tinha ‘dourados como as igrejas de Minas e unicamente se adorna de pinturas bastante grosseiras’”.

Cemitério dos Homens Pretos

“Que a Irmandade tinha um grande número de Irmãos, prova-se também com a existência de um cemitério próprio, unido ao de São Miguel e Almas: era o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que foi benzido pelo Padre Justino José de Lorena, em 12 de maio de 1856, autorizado pelo Bispo de São Paulo, Dom Antonio Joaquim de Melo, quando de sua visita à Vila”, conforme coluna no Jornal Guaypacaré de 20 de janeiro de 1998.

Para parar de sepultar na igreja

À página 59 do livro “Lorena no Século XIX”, José Geraldo Evangelista fala que “em 1835, o prefeito mostrava a necessidade de  se construir um cemitério, para evitar o sepultamento no interior da igreja, como se fazia, embora só para os mortos importantes… e em 1836, novamente o prefeito mostra a importância de um novo cemitério para a saúde pública e para acabar com o abuso de sepultar no Templo, pois dele provém as pestes que destroem as povoações”.

Durou pouco o cemitério dos escravos, de N. S. do Rosário

“Tal cemitério, dos pobres e escravos, ficava ao lado da capelinha, onde hoje é a Rua Nossa Senhora da Piedade. Só que a igrejinha de Nossa Senhora da Piedade, naquele tempo, ficava mais para a frente que a atual Catedral… uns 120 metros no fundo da igrejinha, onde foi cercado o terreno do Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos”.

Durou pouco este cemitério, de 1801 a 1815 – 15 anos! – talvez por ser pequeno, e em 24 de maio de 1815 foi benzido o cemitério atual.

A localização do cemitério

“Se acha situado por detrás desta Matriz, de parte Leste, ainda fora das casas, no limpado junto ao mato, de frente ao beco que segue da mesma Matriz da parte do Norte, é cercado de taipa de pilão em altura proporcionada com cinquenta palmos de frente e sessenta de fundo, com uma cruz alta no meio, de graúna”.

“E não oferecia sepultamentos com decência e suficiência…era pequeno e achava-se no coração da vila e por isso foi demolido e substituído”.

30 anos como Matriz Provisória

“Com os problemas na construção da Matriz de Nossa Senhora da Piedade, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário passou a ser a Matriz Provisória de Lorena, por um período de 30 anos”, conforme está registrado à página 31 do Guia “Retratos do Vale”, de Lorena, organizado pela Irmã Olga de Sá e Sônia Maria Gonçalves Siqueira.

Como Matriz, com sinais de ruína

José Geraldo Evangelista, no “Jornal Guaypacaré”, de 8 de agosto de 1991, e em seu livro “Lorena no Século XIX”, diz, também, à página 185: “… Tendo servido de Matriz durante mais de 30 anos, enquanto se reconstruía o templo de Nossa Senhora da Piedade, a igrejinha não suportou o uso intensivo, para que não fora planejada, e apresentava evidentes sinais de ruínas”.

1874: Jornalzinho de Estudantes

José Geraldo Evangelista, acrescenta, em coluna publicada no Jornal Guaypacaré, de 10 de março de 1998: “… Só a Capela é que não ia bem, pelo uso intensivo dos fiéis, pois estava servindo de Igreja Matriz desde 1838, quando se derrubou a segunda Igreja de Nossa Senhora da Piedade. Assim, em 1874, o jornalzinho de estudantes, “O Eco Juvenil”, iniciou uma campanha para sua reedificação, em virtude do seu “estado ruinoso”.

1886: planta de Ramos de Azevedo

E continua Evangelista, no Jornal Guaypacaré: “… No ocaso do Império, porém, a situação piorou e concluiu-se por sua demolição… quando o arquiteto Ramos de Azevedo esteve na cidade, em 1886, cuidando da construção da nova matriz… e  foi pedido a ele uma planta para reconstrução e ao Governo Provincial que liberasse a verba de um conto de réis, prevista no orçamento, e mais o ‘meio benefício’ da loteria, que correra no final de 1885… A nova Capela teve início com recursos da Irmandade do Rosário e esmolas, sendo as obras dirigidas pelo Conde de Moreira Lima”.

1883: p Papa pede solenização

Continua Evangelista, no Jornal Guaypacaré, de 10 de março de 1998: “A pequena e linda capela teve seus momentos gloriosos, quando, por exemplo, o Papa Leão XIII endereçou circular a todo o mundo católico para que se solenizasse a Festa de Nossa Senhora do Rosário, em outubro de 1883. Aqui em Lorena, a Irmandade cumpriu o solicitado, com novena e procissão, conduzindo a imagem que tinha uma coroa e resplendor do menino Jesus, de prata, pesando ‘trinta e seis oitavas’, e outra imagem com ‘coroa de prata, que pesava dez oitavas’”.

O Conde de Moreira Lima a reconstrói

Já o Dr. Gama Rodrigues, escreveu, em seu livro “O Conde de Moreira Lima”, às páginas 89 e 90:  “… de precária e antiquada construção, a Igreja do Rosário logo se arruinou, e foi o Conde de Moreira Lima quem meteu ombros à sua reconstrução em 1890, logo após a ultimação e inauguração da Matriz”. Este livro do Dr. Gama Rodrigues, “O Conde de Moreira Lima”, foi lançado em 1942, e depois reeditado pela Sociedade dos Amigos da Cultura de Lorena, em 2006, em parceria com a Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal.

Mãe do Conde e D. Odília Coelho Castro

E prossegue o Dr. Gama Rodrigues em seu livro sobre o Conde de Moreira Lima: “Ideou uma bela planta em forma de cruz grega e para o início desta reconstrução foi ainda à sua boníssima mãe que recorreu, e a santa senhora para logo forneceu 10:000$000, com os quais foram iniciadas as obras. Insuficientes, porém, esses e outros pequenos recursos angariados por esmolas e pela respectiva Irmandade, permaneceu, por largo tempo, inacabada a nova Igreja, até que em 1919, por solicitação e iniciativa do Conde de Moreira Lima, a generosa senhora dona Odília Machado Coelho de Castro, num cativante gesto de gentileza a atenção, a mandou terminar às expensas suas, transformando-a na elegante e graciosa Igreja que hoje aformoseia a Praça Dr. Pedro Vieira”.

Casa perto para o Pároco ou Capelão

“O Conde de Moreira Lima anexou à Igreja do Rosário, um prédio destinado à residência do respectivo Capelão, conforme explica em seu minucioso testamento: ‘Sempre foi minha intenção, ao concorrer para os bons templos, que existem em Lorena, dotá-los de casas próximas e decentes para os seus Párocos, ou Capelães, e assim o consegui de modo satisfatório, a respeito da Capela do Rosário, que por minha iniciativa e auxílio, ajudado com esmolas dos bons conterrâneos, também possui um bom prédio que, muito breve ficará com a sua construção livre de dívidas, passando a dar renda de aluguel para Capelão, alfaias, cera e outras despesas”.

Grandeza de alma, símbolo, expoente

O dr. Gama Rodrigues ainda diz, do Conde de Moreira Lima, em seu livro, às páginas 90 e 91: “Sempre a mesma grandeza de alma, sempre a mesma inabalável piedade, sempre o mesmo generoso coração!  Há indivíduos que são símbolos, e cuja gloriosa existência avulta sobre as demais como dignificantes e admiráveis exemplos.  As virtudes e qualidades que constituem a tessitura de seus caracteres, fazem deles paradigmas da humanidade, expoentes da sua raça”…

A pessoa mais amada que aqui nasceu

Conclui o dr. Gama Rodrigues, sobre o Conde de Moreira Lima: “… e  sua projeção na sociedade em que viveu é tal, e de tal forma marcante que, mesmo depois de morto, continua influindo no caráter geral da população, nimbado de um halo de doce simpatia, sincera veneração, quase um culto.  Com o Conde de Moreira Lima assim se sucedeu. Na encarnação da sua bondade e na imensidão da sua piedade, foi a pessoa mais estimada e amada de todas quantas desta terra nasceram”.

Momento de agonia

Voltando a falar das colunas do grande historiador José Geraldo Evangelista, no Jornal Guaypacaré, na edição de 10 de março de 1998, ele escreveu: “Com a fundação da Irmandade de São Benedito, em 1852, a Irmandade do Rosário foi lentamente decrescendo, mas não resta dúvida da importância três vezes centenária na vida de nossa terra e dói muito saber que está vivendo um momento de agonia, pelo diminuto número de Irmãos. Para que não desapareça de uma vez, os fiéis que depositam uma esperança na Senhora do Rosário e seu Menino, devem procurar D. Dalva de Matos, sua presidente e logo filiar-se a ela, para que Lorena não perca mais uma de suas antigas tradições. E a Quaresma seria uma boa ocasião para tão belo gesto!”

O Grupo de Orações da “Tia Laura”

No “Anuário de Lorena 1986”, do “Jornal Guaypacaré”, à página 14, lê-se: “A Igreja do Rosário está aberta para o Grupo de Orações Deus Conosco”, da “Tia Laura”.   Durante muitos anos, a Igreja lotava, com fiéis vindos de todo o Brasil, inclusive gente famosa, como o cantor Sérgio Reis, e o Mequinho, campeão mundial de xadrez. Isso para citar só duas personalidades, como exemplos. Porque havia mais gente de renome, muito mais. Mas quem lotava mesmo a Igreja do Rosário era o povo! Tia Laura – Laura Mendes da Silva – era mesmo carismática, chamada de “milagrosa” pela maioria dos fiéis, de fé inabalável e raríssima!

A Praça de frente da Igreja e as ruas adjacentes ficavam lotadas de carros, ônibus e vans dos peregrinos. Ela fazia orações para as crianças enfermas, adultos, rezavam o terço, exibiam slides do Santo Rosário, exposição do Santíssimo Sacramento, “Visitas de Fátima”, dentre tantas atividades mais que a “Tia Laura” realizava na Igreja do Rosário.  Curou muita gente, com doenças e problemas seríssimos, graças aos seus poderes com a fé em Deus que ela transmitia. Mas a “Tia Laura” faleceu em 1992, segundo consta à página 77, do “Super Guia Documentário de Lorena 1994”, do “Jornal Guaypacaré”.

A equipe que restaurou a Igreja

Sob a forte liderança do padre Rodrigo Fernando Alves, da Catedral de Nossa Senhora da Piedade, uma valente e valorosa equipe denominada CCC – Comissão de Construção e Conservação da Catedral, realizou, heroicamente, nos últimos meses, a restauração da Igreja do Rosário.  A equipe é composta por José Ricardo Flores Faria, que foi o coordenador Arquiteto; Natasha Ferreira Penque Scapini; Cristiano Quintana Bittencourt; Tania de Almeida Denis Nogueira Barbosa; Adriano Faustino Marques e Marcio José Leão Bueno.

Segundo a talentosa jovem Natasha Ferreira Penque Scapini – que foi quem me passou estes nomes e à qual muito lhe agradeço a atenção e gentileza – também ajudaram muito na missão de resgate daquele histórico monumento de arte e fé católicas: a restauradora Claudia Rangel; Luiz Miguel, na sonorização; a arquiteta e paisagista Mirella Bomfim;  Alaide Prado, da empresa Só Gramas; Ricardo Azevedo, da Cefhas Marmoraria; a empresa Madex; a Prefeitura de Lorena; o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e muitas famílias no início do processo, que ficaram no anonimato.

Nomes que já entraram para a história!

Estes nomes citados acima já entraram para a história de Lorena! Todos. Porque restauraram, como eu já disse, um magnífico templo de arte e fé católica, um monumento, patrimônio artístico, cultural, religioso, dos séculos passados, projetado por um arquiteto de renome nacional: Ramos de Azevedo.

Depois de fechada muitos anos, abre novamente suas portas para o povo, esse templo histórico, belisssimo, agora com suas linhas arquitetônicas ressaltadas, maravilhoso!  Parabéns a toda a equipe!  Aplausos sinceros, de coração, a todos e a cada um!

Reinauguração e Semana do Rosário

A reinauguração será às 18h20 desta segunda-feira, 1º de outubro de 2018.  E de 1º a 7 de outubro, acontecerá a “Semana do Rosário”.   Resta ressaltar que a restauração da Igreja do Rosário foi custeada por doações, dízimos, pela generosidade do povo de Lorena, que captou a importância de se preservar aquele patrimônio de arte e fé.

É preciso continuar as pesquisas!

Espero que tenham gostado desse pouquinho de flashes históricos sobre a “Capela da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Lorena”!  Repito: há muitas lacunas. É preciso que continuem a pesquisar e escrever essa história.  Obrigado pela atenção!

(12) 99752 9887

COLUNISTAS / João Bosco

João Bosco Pereira de Oliveira, também conhecido como “Paçoca”, é jornalista e manteve por 40 anos o Jornal Guaypacaré, um grande marco e recorde na história da Imprensa de Lorena! 40 anos de trabalho patrocinado por anunciantes e assinantes, sem nunca ter sido mantido politicamente!

Em 1976, foi o vereador mais jovem e mais votado de Lorena, o único a recusar, por vontade própria, a “aposentadoria parlamentar”, por considerá-la imoral e injusta. Com 18 anos, foi recebido pelo presidente da República, pedindo “democracia” em pleno tempo em que não havia abertura política. Naquela época, também foi o mais jovem candidato a deputado estadual do Brasil.

Comendador 3 vezes, desde menino, trabalhou em outros jornais, antes de fundar o seu Guaypacaré. Foi jornalista responsável por inúmeros jornais de cidades vizinhas. Fundador e Presidente de Honra do Grupo Escoteiro Guaypacaré, que está prestes a comemorar 50 anos.

Teve programas nas rádios Cultura AM e Colúmbia FM. São 50 anos de jornalismo, boa imprensa, sem nenhum processo por calúnia, injúria ou difamação.

Também é membro fundador da Academia de Letras de Lorena e agora, passa a registrar a história da sua cidade de nascimento e de coração de acordo com suas detalhadas pesquisas.


boscopacoca47@gmail.com

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