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Resposta à Secretaria da Saúde de Lorena

18/03/2015

Mafu apresentando seu trabalho intitulado: A estratégia de combate à dengue com foco na prevenção, no I Fórum Paulista de Humanização nas Práticas de Saúde: 25 anos SUS, em 2013
Preocupado com o avanço e agravamento da dengue na cidade, escrevi, no final de semana, artigo sobre o assunto para minha coluna.
Título: “O avanço e agravamento da dengue”. Subtítulo: “Falta de planejamento em saúde por falta de dados está agravando os casos de dengue. Subnotificações de casos são entraves para a definição de políticas públicas. Especialista afirma que para chegar a um número real, deve-se multiplicar os casos notificados por dez. Se temos 151 confirmados em Lorena até o momento, então teríamos na realidade 1.510; ou seja, já estaríamos vivendo uma epidemia da doença”. Matéria completa no link: javascript:nicTemp();;
Hoje à tarde, 18 de março, a Secretaria da Saúde de Lorena solicitou publicação de resposta ao meu artigo. Eis as minhas considerações a respeito da nota de esclarecimento oficial:
Em primeiro lugar, no texto que escrevi na semana passada (“O fim da picada é morrer de uma picada” javascript:nicTemp();), alerto a população que 80% dos criadouros estão dentro de nossas casas (aliás, saliento bem essa questão) e ainda passo um check list do que tem de ser verificado, reportando aos 10 minutos semanais de cuidados contra a dengue; enfim, reforço a campanha.
Na nota da Prefeitura (javascript:nicTemp();), do primeiro ao sexto parágrafos, não observei contestação nenhuma ao que escrevi. Vejo apenas informações sobre a sistematização do serviço realizado pela Secretaria da Saúde, o que é de praxe.
No sétimo parágrafo, quando a Secretaria afirma: “Semanalmente, cada Secretaria Municipal de Saúde, de cada Estado em todo o território nacional, informa suas instâncias superioras acerca de seu cenário epidemiológico, cenário este que, segundo opinião de especialistas, pode ser de até dez vezes maior do que o registrado oficialmente uma vez que nem todos os cidadãos notificam seu estado de saúde em caso de suspeita de dengue (ou outros agravos)”, também não vejo contestação nenhuma, apenas a confirmação do que foi escrito no meu texto original.
No oitavo parágrafo, a Prefeitura informa: “Infelizmente nem sempre os munícipes informam seus endereços e contatos telefônicos corretamente, fornecendo dados incompletos ou errados, o que dificulta ou impossibilita o contato com os mesmos – falhas como essa direcionam os esforços do SUS para localidades incorretas e, pior, impedem o contato com o munícipe, podendo haver prejuízos para sua saúde por falta de orientações especializadas”.  Vejo aqui a apresentação de mais um fato que gera mais imprecisão de dados, o que corrobora ainda mais com as afirmações do meu texto publicado. Saliento ainda que esse é um dado novo, que eu não tinha encontrado nos artigos científicos pesquisados. E olha que eu pesquiso!
Ainda no oitavo parágrafo da nota de esclarecimento, encontramos a seguinte afirmação: “Desta forma, ressalta-se a importância da ativa participação do cidadão lorenense na prevenção e no combate à dengue, assumindo a posição de um agente ativo e responsável em sua comunidade, fazendo uso dos serviços públicos de saúde oferecidos e se resguardando de discursos falaciosos e qualquer outra informação não-oficial”. Com relação a esta frase, sinto-me ainda mais cidadão lorenense, pois os dois textos que escrevi, nas últimas duas semanas, vieram nesse bojo: o de alertar a população e mostrar, de forma simples, como fazer a prevenção em casa. Quanto aos discursos falaciosos e qualquer outra informação não-oficial, disponho no final deste texto os links dos artigos científicos, de publicações de revistas e sites oficiais como do Ministério da Saúde, de onde retirei as informações. Desta forma, também não desqualifica o meu texto.
Por fim, confesso que senti falta da informação sobre quais as medidas tomadas com relação às notificações dos consultórios e clínicas particulares, mas acredito, por conhecer a competência dos meus colegas responsáveis pela Vigilância Epidemiológica, que algum esforço vem sendo feito a respeito.
Concluo este texto parabenizando o excelente trabalho dos agentes controladores de vetores (que em outros tempos lutei muito para que se efetivassem em nossa cidade) de toda a Secretaria de Saúde Municipal, da qual muito me orgulho de fazer parte. E saliento que o intuito do texto foi o de despertar a importância da participação popular neste assunto que afeta a saúde de todos nós e não o de desmerecer o trabalho de ninguém. Se fui mal interpretado, peço que novamente releiam o texto e a entrevista que “O Lorenense” fez com a Santa Casa e o Hospital Unimed: javascript:nicTemp();
Seguem os links oficiais das minhas pesquisas para os últimos dois textos: 
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COLUNISTAS / Mafu Vieira

Valdemir Vieira, popularmente conhecido como Mafu, é formado em Enfermagem e Obstetrícia pela Unitau, pós-graduado em Terapia Intensiva e mestre em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem da USP, com trabalhos apresentados no Brasil e exterior, além de responsável técnico de Enfermagem do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) – Lorena. Professor convidado nos cursos de pós-graduação da Fatea e outras universidades das cidades vizinhas, palestrante dos assuntos de políticas públicas e motivacionais, Mafu também é formado em Professional and Self Coaching, potencializando as lideranças profissionais em diversas empresas e em áreas distintas. Lorenense nato e ex-vereador, está sempre envolvido e atento aos assuntos da cidade e vem, com a mesma performance de colunista que foi do Jornal Guaypacaré, diretamente para a coluna, de mesmo nome, no Portal “O Lorenense”. Com ele, são “Outros Papos”…



maphus@gmail.com

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