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A depressão no idoso

02/04/2015

A depressão não é apenas uma tristeza passageira diante de um fato negativo. É um problema frequente em todas as fases da vida, sendo uma das principais doenças que atinge os idosos.
A terceira idade é uma fase da vida em que o indivíduo analisa seus ganhos e perdas. Quando existe o sentimento de produtividade e valorização haverá sentimentos positivos, do contrário existirá a sensação de tempo perdido e desesperança. Cada um vivencia essa fase de forma diferente. Uns encaram de maneira positiva, outros não, o que leva muitas vezes à depressão.
É uma fase de muitas mudanças biológicas, fisiológicas, psicológicas, sociais, financeiras. São mudanças gradativas que vão sendo percebidas aos poucos e – não raramente – não aceitas.
O ambiente familiar influi muito no bem estar do idoso, podendo também vir a contribuir de forma negativa para o aparecimento da doença. Um idoso que perde as suas funções, seu espaço físico, sua posição na família, torna-se isolado e triste.
O idoso com depressão apresenta uma tristeza profunda, desânimo, apatia, desinteresse pela vida, dorme mal, perde o apetite, queixa-se de dores e fadigas. Aparecem pensamentos de inutilidade, culpa, desesperança e muitas vezes idéias de suicídio
Acredita-se que vários fatores levem à doença, como por exemplo, os fatores biológicos, sociais e psicológicos. Sabe-se também que na depressão acontecem alterações no equilíbrio do sistema químico do cérebro, levando a um desequilíbrio da serotonina e noradrenalina.
A depressão é uma doença silenciosa e frequentemente é descoberta tardiamente. No idoso, é considerada como parte integrante do envelhecimento e isso pode dificultar o tratamento. Existem certos preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais, fazendo com que se torne mais difícil o diagnóstico e o tratamento adequado.
O tratamento da depressão tem alcançado avanços significativos nos últimos anos. Medicamentos modernos permitem uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro. Nesse momento, o apoio dos familiares é fundamental. É preciso paciência, respeito e carinho.
Portanto, fica o recado: em caso de suspeita da doença, procure um psicólogo ou ajuda médica especializada.

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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