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Criança também tem depressão

16/12/2014

A depressão é um transtorno que se caracteriza basicamente por uma tristeza profunda, apatia, pessimismo, desesperança, idéias de morte, isolamento, irritabilidade, queda do desempenho escolar, choro, sonolência ou insônia, fadiga, dores, entre outros.
Muitos fatores podem levar a criança à depressão. O fator hereditário é um deles. No caso de um dos pais ou parentes próximos com depressão, a criança terá maior probabilidade de desenvolver o transtorno. Os problemas familiares, como brigas constantes entre os pais, desentendimentos ou separação, cobranças excessivas, expectativas muito altas em relação ao desempenho da criança, geram muita ansiedade. A falta de vínculo afetivo positivo ou a morte de alguém na família são fatores que contribuem para o desenvolvimento do transtorno na criança.
É importante que os pais e professores fiquem atentos aos sinais da depressão na criança e procurem ajuda antes que o problema se instale. A escola tem um papel preponderante no diagnóstico, pois um dos primeiros sinais é a queda do rendimento escolar e a falta de concentração.
A compreensão e o conhecimento dos pais e professores são muito importantes para a prevenção, pois muitas vezes o problema passa despercebido e se apresenta de forma mascarada. Outro erro é acreditar que a criança não tem depressão e que isso é problema de adultos, que é preguiça ou maneira de chamar a atenção. Muitas vezes, isso faz com que o transtorno se agrave.
A intervenção envolve os pais, professores, médicos e psicólogos. Os pais devem buscar tantas informações quantas forem necessárias. É importante todos estarem bem informados sobre os comportamentos da criança.
A melhor prevenção é uma dinâmica familiar positiva, onde os laços afetivos sejam estabelecidos e venham a estimular o desenvolvimento psicossocial da criança.
Sinais a observar:
– Queda no rendimento escolar
– desinteresse, apatia
– fadiga, sonolência
– insônia, falta de apetite
– tiques, enurese (urinar na cama)
– dores no corpo
– medos e fobias
– choro
– hiperatividade ou hipoatividade
– irritabilidade, isolamento
– baixa concentração, raciocínio lento.
Esteja atento e, em caso de dúvida, procure ajuda profissional.

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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