Por Lelienne Ferreira Alves Pereira Calazans
Neste primeiro mês do ano, é época de comemorar o Ano Novo. Despois da ceia de Natal e dos presentes debaixo da árvore iluminada, vieram os preparativos e expectativas para a virada de ano.
Em diversas culturas essa data é comemorada. Seja com decorações de porquinhos de marzipã, como na Alemanha, ou comendo doze uvas, como na Espanha. Ou como nós, brasileiros, com o costume de usar branco e de pular sete ondas. Independente do costume do país, da idade, sexo e religião, a chegada de um novo ano simboliza novas possibilidades, novos começos.
Desta maneira, é comum se desejar um ano melhor e fazer pedidos e votos. Eu, por exemplo, ouço todo ano parentes e amigos dando votos de saúde e felicidade ou aquela famosa sentença “este ano eu vou…”. E tenho quase certeza que, ao menos em algum momento de suas vidas, ou até mesmo vocês próprios já ouviram e fizeram estes pedidos e votos.
Pois é isto que eu vou escrever aqui hoje: Os meus votos para 2015.
Votos de saúde, paz, felicidades e prosperidade eu desejo a todos, mas tenho dois votos especiais que faço para nós. Nós? Sim, faço estes para mim também, assim como para meus amigos, familiares, leitores da coluna, e até para quem não terá acesso a estas palavras. Todos. Desejo de coração que estes dois singelos pedidos possam se concretizar para todas as pessoas.
Meu primeiro voto é que saibamos apreciar e lembrar os momentos felizes. Cada ano que passa, eu vejo mais pessoas reclamando que o ano tem sido horrível e estão contando os minutos para ele acabar, como se todos os 365 dias tivessem sido sofridos, ou melhor, deixando os momentos ruins suprimirem da memória os bons momentos.
Quero dizer, por mais difícil que tenha sido o ano, por mais desventuras e perdas que se tenha, não passamos todos os dias por tristeza. Em algum momento teve mesmo que um vislumbre de felicidade, em algum momento teve um ombro amigo, em algum dia teve algo que lhe proporcionou uma risada ou um sorriso. E o que eu desejo é que estes momentos alegres, mesmo se diminutos, sejam guardados na lembrança, para que não seja levado na bagagem apenas o peso da tristeza, mágoa e dor.
Deste modo, voto pela lembrança dos bons momentos.
Meu segundo voto é que cumpramos com o que desejamos. É comum na virada do ano fazermos pedidos, seja em silêncio, apenas para nossos corações, ou entre um copo e outro na comemoração.
De tantos colegas já ouvi que “este ano vou me dedicar mais”, “este ano vou seguir a dieta”, “este ano eu vou estudar”. Ouço o que eles dizem e às vezes até a mim mesma, falando estas frases com tanta certeza e convicção, que acredito realmente que este ano vão ocorrer mudanças. E, ocasionalmente, a vontade de mudar persiste alguns meses, mas com o tempo, na maioria das vezes, esta vontade vai se desgastando e a promessa com palavras confiantes do início do ano vão sendo esquecidas. E a mudança se adia por tempo indeterminado.
Por isto, desejo atitude e força de vontade, para que nossos pedidos de ano novo não sejam apenas palavras jogadas ao léu de uma noite estrelada por fogos de artifícios.
Desejo também sorte, para que nós cumpramos com este último voto. O escritor Neil Gaiman, ao final de seu discurso “Make good art”, disse que sorte existe e é útil, e que quanto mais se esforçarem, mais sortudos ficarão. Para mim, hoje, esta é a mais pura verdade.
Deste modo, voto pela força de vontade para realizarmos nossos desejos.
E assim, finalizo minha pequena, que acabou ficando bem grandinha, lista de anseios: com uma saudosa despedida e um voto verdadeiro por um 2015 maravilhoso para todos!
Sobre a autora:
Lelienne Ferreira A. P. Calazans tem 18 anos, nasceu em Lorena, São Paulo. É técnica em Química, formada no Cotel, caloura no curso de Farmácia e possui uma sede insaciável de aprender coisas novas, o que a torna um ser muito curioso. Delicada e tímida são características que constantemente a descrevem, mas não se julga um livro pela capa. Ama ler, chocolate, viajar, sair com a família e com os amigos.
Esse texto é de exclusiva responsabilidade do autor. A AJLL não se responsabiliza pelas possíveis opiniões aqui apresentadas. Respeitamos a criação literária de cada autor, difundindo linguagem literária de linguagem gramatical, em textos que julga ser necessário