
Foto: Regina Rousseau
Há um mundo lá fora repleto de voos livres,
de folhas e flores que o vento carrega,
dançando no ar, bem devagar.
O sol lá no sem fim desenhado num céu em aquarela.
Abro minha a alma e as janelas,
como alguém que espera o amor chegar.
Pássaros chegam e cantam pausadas sonatas.
A visão da quietude ultrapassa os sentidos,
e de sentidos são feitos nossos silêncios.
Uma abelha pousa em meus versos,
mas seu olhar é triste.
Ela me diz que está tão infeliz,
pois seu tempo de vida é breve.
O homem evoluiu, mas não deixou de se atropelar
e de causar os maiores malefícios.
Em busca do lucro voraz das pesticidas,
muitos perdem o mel e matam as abelhas.
Sem as abelhas melíferas,
a agricultura seria permanentemente diminuída,
e o planeta mais pobre e faminto.
Seria uma primavera silenciosa que amanhece.
E todas as estações igualmente abandonadas.
Nós ainda teremos o zumbido das abelhas em nossos ouvidos?
Ao pousar de flor em flor, pouco a pouco, a abelha
vai se impregnando de minúsculas partículas de pólen.
E isso é essencial na reprodução das flores.
Chamam isso de evolução? Isso é prova da Criação!







