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COLUNISTAS / Cantinho literário

Antes que as abelhas morram

30/01/2015

Foto: Regina Rousseau
Há um mundo lá fora repleto de voos livres,
de folhas e flores que o vento carrega, 
dançando no ar, bem devagar.

O sol lá no sem fim desenhado num céu em aquarela.
Abro minha a alma e as janelas, 
como alguém que espera o amor chegar.

Pássaros chegam e cantam pausadas sonatas.
A visão da quietude ultrapassa os sentidos,
e de sentidos são feitos nossos silêncios.

Uma abelha pousa em meus versos,
mas seu olhar é triste.
Ela me diz que está tão infeliz,
pois seu tempo de vida é breve.

O homem evoluiu, mas não deixou de se atropelar
e de causar os maiores malefícios.
Em busca do lucro voraz das pesticidas,
muitos perdem o mel e matam as abelhas.

Sem as abelhas melíferas,
a agricultura seria permanentemente diminuída,
e o planeta mais pobre e faminto.

Seria uma primavera silenciosa que amanhece.
E todas as estações igualmente abandonadas.
Nós ainda teremos o zumbido das abelhas em nossos ouvidos?

Ao pousar de flor em flor, pouco a pouco, a abelha
vai se impregnando de minúsculas partículas de pólen.
E isso é essencial na reprodução das flores.
Chamam isso de evolução? Isso é prova da Criação!

COLUNISTAS / Regina Rousseau

Membro fundadora da Academia de Letras de Lorena, da qual é atualmente a diretora Cultural, Regina Rousseau é licenciada em Pedagogia, professora, escritora e aprendiz de poeta. Compõe versos simples, melódicos e suaves para si mesma e para seu leitor. Em 1998, editou seu primeiro livro de poesias, “O Canto do Rouxinol”. Escreveu outros romances, ensaios e crônicas, muitos a serem editados. Escreveu no jornal Guaypacaré por 16 anos, uma coluna semanal; atualmente, escreve no jornal “O Lorenense”, no Cantinho Literário.

 


reginarousseau@hotmail.com

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