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COLUNISTAS / Falando sério

A necessidade da participação da sociedade perante a abordagem policial

17/03/2015

Atualmente, estamos vivendo em nosso país uma sensação de insegurança social muito grande. Este é um fenômeno antigo nos centros urbanos e que, diante do avanço da criminalidade e da forma violenta de agir dos criminosos, tem aumentado significativamente. 
As cidades estão divididas por diferentes critérios, sendo um deles a violência. Locais mais violentos são, obviamente, menos valorizados, atingindo a autoimagem do morador e da cidade.
A violência gera insegurança, resultando em um medo que envolve a todos, não só a população como também, do mesmo modo, a Polícia, uma vez que os policiais se encontram duplamente expostos à violência, ou seja, como profissionais e como indivíduos.
Neste momento, é importante evidenciar a busca de compreensão do relacionamento entre a Polícia e a sociedade, procurando entender que a Polícia não é a única responsável pela Segurança Pública. Isso equivale a dizer que outras questões, como emprego, salário, educação, moradia e saúde, no âmbito social, e relações de confiança e respeito mútuo, dentro e fora do âmbito familiar, também são fatores que influenciam diretamente no assunto segurança.
Em algumas áreas da sociedade, a Polícia é o único recurso da população e isso faz com que seja requisitada em momentos de dificuldade, não levando em conta a adversidade, fazendo parte ou não da manutenção da Ordem Pública, missão constitucional da Polícia.
Para o desempenho de suas atividades, as polícias fazem uso do dever-poder de Polícia, que em resumida análise é a limitação do exercício de direitos individuais em benefício do interesse público. Destaca-se como importante instrumento do dever-poder de Polícia a busca pessoal, ou seja, a abordagem como prática comum no cotidiano policial em busca do combate à criminalidade, fundamento importante para a vida saudável de uma sociedade. Porém, esta vive em eterna contradição; afinal, as reclamações são potencializadas quando se trata da abordagem, já que ninguém gosta de ser abordado. 
É de suma importância que o cidadão perceba que o policial atua em prol do bem comum, passando assim a compreender e colaborar com o trabalho policial. Embora a atividade policial seja rejeitada por muitos, ignorada por outros e aceitada por uma minoria, o profissional policial resiste e prossegue em sua valorosa e honrosa missão.
Em resumo, enquanto a população não se conscientizar e valorizar o policial e sua atividade, o futuro restará indefinido e moralmente destrutível.
O que fazer quando for abordado pela Polícia?
Se você for parado pela Polícia, alguns comportamentos podem ajudar a impedir que a situação se transforme em conflito:
Fique calmo e não corra.
Deixe suas mãos visíveis e não faça nenhum movimento brusco.
Não discuta com o policial nem toque nele. Não faça ameaças ou use palavras ofensivas.
E lembre-se: não é crime andar sem documentos, mas recusar-se a se identificar é contravenção penal (artigo 68 do Decreto Lei 3688/1941). Se estiver sem documento, forneça dados que auxiliem sua identificação. E, se estiver na condução de veículo automotor, o porte da Carteira Nacional de Habilitação é obrigatório.

COLUNISTAS / João Barbosa

Lorenense, formado em Engenharia Química em 1995, pela então Faenquil, hoje EEL-USP (Escola de Engenharia de Lorena, da Universidade de São Paulo), é casado com Joice e possui dois filhos, João Vítor e Gabriel. Desde sua formação, atuou em grandes empresas do ramo alimentício; dentre elas, a Pullman Alimentos (Pão Pullman, como é conhecida), hoje Bimbo do Brasil.

Há alguns anos, buscou a realização de um sonho antigo e transformou-se em Investigador de Polícia da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Atualmente, atua na Divisão de Homicídios do  DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da cidade de São Paulo-SP.

E como aceitar desafios e ajudar ao próximo é sempre seu objetivo, com ele estaremos “Falando sério”.

“O sucesso nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a determinação e a persistência para um objetivo, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o alvo, pelo menos se orgulhará de ter tentado”. (José de Alencar)


barbosajjs@globo.com

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