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Reunião define ações para resolver definitivamente questão da insegurança na Rodoviária

01/08/2015

O problema é antigo. Há anos que as pessoas que precisam ir à Rodoviária de Lorena – principalmente à noite ou de madrugada – temem a violência.  Isso porque é grande o número de moradores de rua, usuários de drogas e possíveis criminosos naquela região. Quem não é abordado, geralmente sente-se ameaçado.
Em parceria, a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública Municipal deram início a uma série de operações, que incluem patrulhamento constante e abordagens, na tentativa de resolver a questão de forma definitiva e não temporária. “Porém, tem sido difícil. Já fizemos várias abordagens, mas não encontramos nada de ilícito com aquelas pessoas. E como eles têm o direito de ir, vir e permanecer, desde que não transgridam a legislação, ficamos sem ter muito o que fazer. Muitos são moradores das proximidades, muitos são alcoólatras, viciados em drogas, não trabalham, não querem mudar de vida e se estabeleceram naquela região da Rodoviária”, explica o secretário de Segurança Pública da cidade, Cap Elton Ribeiro. “Eles ficam ali o tempo todo, ‘pedindo’ dinheiro… e vão juntando até terem dinheiro pra comprar drogas, na maioria das vezes. Muitas pessoas se sentem intimidadas e acabam dando dinheiro, mas o certo é não dar. Sempre fazemos essa orientação”.

Em busca de soluções, reuniram-se nesta sexta-feira, 31 de julho, o secretário Cap Elton; o novo delegado do 2º D.P. (Distrito Policial) – Delegacia do Centro, dr. Daniel Baptista; o investigador da Polícia Civil Matheus; o diretor da Guarda Civil Municipal, Norival de Souza; representando o Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), João Bosco Silva; o secretário de Serviços Municipais, Nelson Bittencourt; o comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar de Lorena, Cap Geraldo Nogueira; e a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Zeila Pozzati. 
Segundo Cap Elton, ficou definido que as abordagens serão mais aprofundadas, daqui pra frente. “As operações serão intensificadas e as pessoas abordadas serão conduzidas ao Distrito Policial, para identificação, pois muitos sequer têm documento de identidade. Será feita uma melhor averiguação da situação criminal destes indivíduos e eles serão enquadrados no Artigo 65 da Lei de Contravenções Penais, segundo o qual é crime ‘molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável’, com pena de quinze dias a dois meses de prisão ou multa”.

Ainda de acordo com o secretário, na Delegacia, será registrado um termo circunstanciado, que na linguagem simples, equivaleria a um flagrante delito numa proporção menor. Porém, após o registro do termo, será dado o andamento jurídico penal necessário.
Além das abordagens da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social tem atuado na região por meio das chamadas “Buscas Ativas”, nas quais os moradores de rua são orientados a procurar o Centro de Atendimento Psicossocial ou ir à Casa da Acolhida, para acompanhamento e tratamento adequado. Porém, segundo consta, a maioria recusa-se a sair dali ou receber ajuda.
Para o Cap Elton, esta é muito mais do que uma questão de segurança. “É um problema grave de saúde pública, que estamos nos empenhando para resolver, em parceria, de diversos setores envolvidos”.  

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