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Sobre a internet, minhas descobertas malucas e as maravilhas do saber

28/08/2015

Por Wagner Ribeiro
Ultimamente eu tenho estudado muito as variedades de coisas que encontrei na internet. Lembro quando eu era pequeno (“pequeno” no sentido de estar na fase entre oito e nove anos que meu potencial de visitação na internet estava simplesmente ligado a estar no Os Jogos, visitar as redes sociais com a minha mãe e imprimir desenhos para colorir durante o dia, ou qualquer coisa do tipo).
Hoje, obviamente que tudo isso mudou. Observo que a sociedade por um todo criou uma certa relação de dependência com a Internet, porque ela é, de fato, o meio mais rápido de propagação de informações. Nunca a vi como uma dependência ruim – ela é como eu costumo dizer, a extensão mais concreta da capacidade criativa do homem. Nunca foi uma descoberta como a que ocorreu com o fogo, a eletricidade ou o Bóson de Higgs. A Web, como muitos preferem chamar, é totalmente humana. Claramente não posso afirmar que todos que vão ao encontro dela para seu usufruto são almas altruístas que procuram apenas o crescimento e o bem da humanidade, mas sempre acreditei que tudo o que é criado – o que inclui a nossa própria criação – foi feito para perdurar da maneira mais nobre e positiva possível. A realidade é que quando se trata do homem, tudo se torna subjetivo. 
Obviamente que não escrevi esse texto para opinar sobre a subjetividade humana – o escrevi, porque construí a opinião que ainda há muitas pessoas que não têm a noção do poder oferecido a nós quando estamos em contato com a Internet. A quantidade de dados e informações transpassadas a cada segundo por ela é maior do que qualquer biblioteca ou noticiário já feito por mãos humanas. O único ponto central é que ainda ocorrem situações em pessoas – até mesmo da minha idade – não tem esse horizonte de vista. Não digo que sei tudo da Internet, porque ninguém é onisciente de fatos. Mas creio que existem maneiras de mudar esse panorama: aos meus 17 anos, já aprendi a simular sistemas solares por programas online. Já vi palestras de especialistas online e de graça. Já tentei (mesmo que não tendo paciência) de aprender línguas estrangeiras. Conheci dois americanos. Descobri um site de Ciências que mostra exatamente tudo o que sempre gostei de ver com publicações atualizadas diariamente. Consegui compreender algumas teorias da Física Moderna que eu jamais entenderia (ou até mesmo aprenderia) no colégio. Consegue aprender um pouco sobre a noção do que é Cálculo. Vi fotografias a todas as horas do recém-fotografado Plutão e descobri que ele não era azul e brilhante como diamante da maneira que sempre achei que fosse. Continuaria a citar, mas a brincadeira legal de tudo isso é mostrar que é possível sair do normal, do confortável e do que é acomodável a nossa realidade. 
Para terminar, eu diria que não tem prazer maior em ser aquilo que você é. De fato, citei exemplos de coisas que sempre me interessaram e continuam me movimentando para frente. A Internet nunca possuiu forma, porque ela é um corpo amorfo que se adapta a realidade de seu internauta. Gostar de séries, cozinha, futebol, livros, ciência, indústria, amor, qualquer coisa é aceitável lá dentro. O único grande desafio é tentar abranger o que está distante de nossas páginas comumente visitadas – é como experimentar todo dia uma sobremesa diferente: você se interessa, prova e depois nunca mais quer parar de comer. 
Sobre o autor:
Wagner Ribeiro nasceu em Lorena, no dia 18 de fevereiro de 1998, e hoje mora em Piquete. Tem 16 anos e está cursando o 2º ano do ensino médio e do ensino de técnico em Química pelo Colégio Técnico de Lorena, colégio que pertence à USP e está inserido na Escola de Engenharia de Lorena – EEL/USP. Gosta da área de Química, na qual pretende seguir carreira, mas também supre paixão por Filosofia, Sociologia, além de Literatura, Astronomia e encanta-se por Metafísica. Escreve desde os oito anos de idade, adora projetos sociais, MPB e Renascimento.  
Esse texto é de exclusiva responsabilidade do autor. A AJLL não se responsabiliza pelas possíveis opiniões aqui apresentadas. Respeitamos a criação literária de cada autor, difundindo linguagem literária de linguagem gramatical, em textos que julga ser necessário

COLUNISTAS / Academia Jovem de Letras

Espaço reservado às produções dos acadêmicos da Academia Jovem de Letras de Lorena.  Membros da AJLL: Beatriz Neves, Camila Loricchio, Danilo Passos, Gabriela Costa, Gustavo Alves, Gustavo Diaz, Heron Santiago, Isnaldi Souza, Jéssica Carvalho, João Palhuca, Julia Pinheiro, Lelienne Ferreira, Lucca Ferri, Samira Tito, Thiago Oliveira, Vânia Alves e Wagner Ribeiro.


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