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Hortas comunitárias em Lorena, uma realidade ao nosso alcance

06/11/2015

A Europa está sempre à nossa frente em projetos comunitários e podemos aprender muito com a experiência já testada em outros lugares.

Na Suiça, existem hortas comunitárias em diversos bairros das cidades e cada morador planta um alimento para compartilhar com outros.

Os méritos da união comunitária são visíveis, cada família pode usufruir de comida de verdade produzida na própria vizinhança.

Além da beleza estética — que não fica muito atrás de jardins — os locais também servem de inspiração para outras comunidades se unirem para fazerem o mesmo.

Embora a ideia seja revolucionária aos nossos olhos, que consumimos tanto agrotóxico, ela não é nova. As hortas urbanas começaram a ganhar força na Europa durante o século 19.

As cidades poderiam ter mais áreas verdes para o lazer das famílias e, aos poucos, as pessoas começaram a utilizar o quintal de suas casas para cultivar seus próprios alimentos.

Em Lorena, associações de amigos dos bairros, as escolas, através da educação ambiental, as próprias igrejas, o Rotary Club e o Lions deveriam ajudar a conscientizar os habitantes a encarar os espaços públicos e mesmo os terrenos particulares abandonados, cheios de mato e entulho, como lugares em potencial para a produção de alimentos e a melhoria do paisagismo da cidade, tão carente de espaços verdes.

Legumes, verduras e frutas poderiam ser produzidos localmente, sem agrotóxicos, e dariam uma nova fisionomia à cidade. Em Canas, já há iniciativas nesse sentido.

Para os que se interessarem, há uma página muito interessante no Facebook: https://pt-br.facebook.com/HortasUrbanas/

Camila Fróis tmbém escreveu um ótimo artigo sobre o assunto, contando sobre a experiência em São Paulo: http:/www.oeco.org.br/reportagens/27417-hortas-urbanas-uma-revolucao-gentil-e-organica/

“Em meio à megalópole de São Paulo, organizados em coletivos nascidos na web, os paulistanos estão ocupando os espaços públicos e semeando ideias para deixar a cidade menos cinzenta através das hortas urbanas. Elas são uma forma de se conhecer melhor a vizinhança, revitalizar o uso do espaço urbano e mudar a maneira de produzir comida. A ideia é facilitar o acesso a alimentos frescos e saudáveis, aumentar as áreas verdes nas metrópoles e diminuir o impacto do transporte de hortaliças, que hoje se baseia em um complexo mecanismo orquestrado de produção, transporte e distribuição. O conceito também já pegou em outros locais do mundo, como Havana, em Cuba, ou São Francisco, nos EUA.

A jornalista Cláudia Visoni é uma das principais representantes do coletivo de ‘Hortelões Urbanos’ da cidade de São Paulo. Segundo ela, o grupo reúne na internet atualmente mais de 4.000 pessoas interessadas em trocar experiências de plantio doméstico de alimentos. A grande maioria já cultiva ervas, frutas e hortaliças no quintal, em jardins verticais, sistemas hidropônicos ou até mesmo em varandas de apartamentos. Além disso, eles pretendem inspirar os vizinhos a se envolverem no plantio voluntário de alimentos em áreas públicas. É o caso das hortas que têm se erguido informalmente e dado vida a terrenos baldios, beira de rios e praças da cidade, como na Vila Beatriz, na Vila Industrial, em Taboão da Serra, na Pompéia e até na Praça do Ciclista, em plena Avenida Paulista. Qualquer um pode por a mão na terra, plantar, colher e levar para casa o que cultivou gratuitamente. Para que essa realidade se espalhe, o Coletivo de Hortelões Urbanos da cidade de São Paulo entregou à Prefeitura de São Paulo uma carta com a reivindicação de que uma horta comunitária seja implementada em cada bairro, em cada escola, parque e nos postos de saúde”.

Lorena pode e deve ter uma população engajada no projeto Hortelões Urbanos. A iniciativa cabe a todos nós.

Claudia Gaspar S. Martins
Geógrafa
gaspar51@gmail.com

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