A jornalista Milena Coura é a prova viva de que milagres existem. Basta acreditar.
Por Graziela Staut
Desde que minha mãe se foi, em abril de 2014, que fico procurando significados para a vida. Não é voluntário, mas não consigo não questionar tantas coisas; entre elas, o porquê desse mundo doido, essa era em que ninguém tem tempo pra nada, nem pra ninguém. É quase unânime: as pessoas costumam dizer que mal têm tempo pra respirar. E é verdade! Quantas vezes nos ressentimos da ausência de pessoas que são caras para nós, mas nós mesmos mal conseguimos cumprir nossa rotina diária de atividades (domésticas, profissionais, familiares)… Enquanto isso, a vida passa e perdemos tempo precioso longe das pessoas que amamos. Tempo que não volta; e que depois que gente tão importante para nós se vai, não dá pra recuperar mais…
Nesse contexto, fiquei pensando nessa época de final de ano e que o sentido do Natal já vem sendo distorcido há muito tempo. Natal não pode ser só isso que vemos: consumismo desenfreado, pessoas frustradas porque não têm dinheiro suficiente para comprar tudo aquilo que desejam, enfim…
Como jornalista, o que eu poderia fazer para ajudar as pessoas a se lembrarem e valorizarem aquilo que realmente merece atenção? Estou falando de amor, respeito, solidariedade, fé na vida, fé em Deus, valorização da família… Na verdade, acho que eu procurava algo que também me fizesse relembrar tudo isso.
A história que você vai conhecer agora era pra ter sido escrita já no início deste ano. Porém, pelas correrias doidas dessa vida, foi sendo adiada, adiada, adiada… E então, na semana passada, eu procurei essa moça, uma amiga jornalista a quem admiro muito e que é, sem dúvida, a prova viva do amor e do poder de Deus. Estávamos combinando esse encontro desde o começo de 2015, mas agora não dava mais pra adiar, porque eu gostaria muito que ela fosse a minha história de Natal.
Marcamos no Instituto Santa Teresa / Fatea (Faculdades Integradas Teresa D´Ávila), instituição onde cresci (ela também) e da qual, hoje, ela é assessora de imprensa. Não temos tanto convívio, mas a minha admiração por ela – pessoal e profissional – é grande. Tenho certeza que é recíproco. Logo nas primeiras perguntas, já tive certeza de que não era por acaso que a nossa entrevista fora adiada por tantos meses. Sabe quando ela nasceu? 25 de dezembro! E eu jamais imaginava isso…
A menina da fala doce
Milena Coura Borges Gonçalves, 30 anos (quase 31), nasceu em Lorena, no dia 25 de dezembro de 1984. É a caçula do casal Maria Zélia Coura Borges e do técnico do Inpe Hélio Borges. Seu irmão mais velho, Wagner, faz 37 anos em 2015, no mesmo dia de Milena: 25 de dezembro. Pra completar a família, também tem o Davi, de 35 anos.
A menina calma, de fala doce e sorriso franco nasceu em Lorena, onde cresceu tendo o privilégio de receber educação salesiana, no Colégio São Joaquim e no Instituto Santa Teresa. Privilégio porque a formação salesiana ensina que, mais do que ser máquina de decorar e raciocinar, as pessoas precisam ser humanas. Não podem ser indiferentes às necessidades alheias, não podem pensar apenas em possuir bens materiais. A formação humana e espiritual é tão importante quanto o conteúdo obrigatório, a formação acadêmica global. E a educação que recebeu fez toda a diferença em seu futuro.
Em 2005, formou-se jornalista pela Fatea. Depois, pós graduou-se em Leitura e Produção de Texto (Unitau) e também em Educação à Distância (UniSanta).
Como jornalista, atuou na Rádio Cultura de Lorena, na Rádio Aparecida, na TV Aparecida e na Fatea.
Milena é casada com Carlos André Gonçalves, professor da Fatea e da AEDB (Associação Educacional Dom Bosco), em Resende. Foram oito anos de namoro antes do casamento, que completa seis anos em maio de 2016. Portanto, são quase quatorze anos de história juntos.
O sonho de formar uma grande família
Milena e Carlos André se conheceram na igreja, ainda crianças, onde participavam da banda e do coral. Na adolescência, começaram a namorar. Casaram-se em 2010. “Desde a adolescência, nosso sonho era formar uma grande família. Sempre falávamos que queríamos cinco filhos”, conta Milena.
Em 2012, após uma gravidez que necessitou de repouso do sétimo mês até o final da gestação, nasceu a Helena, primeira filha do casal. Milena teve algumas complicações sérias pós-parto, mas tudo foi resolvido.
Em 2014, nova gestação. Dessa vez, veio a Mariana. Mas a vinda da pequenina ao mundo quase custou a vida da mãe. A história a seguir é, sem dúvida, o relato de um verdadeiro milagre.
Gravidez complicada e o pressentimento de que algo estava errado
“Quando eu fiquei grávida pela segunda vez, o meu pai ficou preocupado demais comigo. Estávamos em época de Natal quando dei a notícia e apesar da boa surpresa, estava claro que meu pai ficou com medo de me perder. A mãe dele, minha avó, morreu de hemorragia no parto. Eu sempre soube que ele tinha medo que isso acontecesse comigo também, mas poucos dias depois, na minha casa, ele me abraçou e parece que naquele momento eu tinha encontrado o meu porto seguro e reafirmado a certeza de que ele sempre estaria ao meu lado. E eu estava muito feliz com a vinda da Mariana, mas também tinha um pressentimento. De alguma forma, sabia que algo poderia dar errado. E o Carlos André também”, conta Milena, que precisou ficar de repouso absoluto a partir do quinto mês da gestação. Não podia nem sentar, porque a placenta estava muito baixa.
“Eu fazia ultrassom e dava tudo normal. No último exame, eu estava com 38 semanas e as imagens mostravam uma gravidez compatível com 42 semanas. Não entendemos o motivo e então a cesárea foi marcada”. Mariana nasceu no dia 13 de agosto de 2014, na 39a semana de gestação, mas Milena adquiriu um problema raro, chamado acretismo placentário.
A placenta é um órgão que só existe durante a gestação e tem diversas funções. Entre elas, aconchegar o bebê dentro do útero, transferir nutrientes e oxigênio do sangue da mãe para o bebê e secretar alguns hormônios fundamentais para esta fase. Entretanto, durante a gravidez, podem ocorrer alterações indesejadas da placenta, trazendo riscos e complicações para a mãe e o bebê. Uma das mais graves é o acretismo placentário, que acontece quando a placenta invade camadas profundas do útero, como o músculo miométrio. A condição faz com que a mulher tenha hemorragias durante o parto.
Essa patologia geralmente não tem sintomas e o bebê não é afetado. Já a mãe corre grandes riscos, graças às fortes hemorragias que podem acontecer na hora do nascimento da criança. No caso de Milena, a invasão do útero pela placenta foi enorme. Em termos comparativos, a placenta agia como as células malignas de um câncer, que vai invadindo os órgãos do corpo durante o desenvolvimento do bebê.
E então, quando Mariana nasceu, a hemorragia que Milena teve foi quase incontrolável. “A única lembrança que eu tenho da hora do parto é que foi uma correria na sala, um desespero geral. Lembro do Carlos André do meu lado, tentando me manter consciente”, relata. Mas o sangramento era tanto que ela mergulhou num inconsciente profundo.
“Segundo fiquei sabendo depois, a hemorragia era tão grande que a médica pediu para o Carlos André sair. Ela disse pra ele: ‘Vai atrás da sua filha agora’. Carlos André, ao sair da sala de cirurgia, só se recorda do chão tomado pelo sangue e a preocupação de limpar o local para não haver quedas da equipe médica. A cirurgiã responsável limpou, tirou o que foi possível da placenta que estava enraizada no meu útero e fechou a minha barriga. O que ficou seria expelido naturalmente”, continua Milena.
O início de uma sofrida luta pela vida
Quando recobrou a consciência, ela já estava na sala de recuperação, com uma enfermeira ao seu lado. Aparentemente reagindo bem, saiu do Centro Cirúrgico e foi para o quarto da maternidade. “Lembro quando passei pelo Carlos André, indo para o quarto, na maca. Acho que ele estava na capela, não tenho certeza. Nunca vou me esquecer do olhar dele pra mim naquele momento”.
Chegando ao quarto, luzes apagadas. “Eu queria água, mas não podia. O Carlos André pingava gotinhas de água nos meus lábios”. Milena também jamais se esquecerá da maneira como ele cuidava e olhava pra ela, assim como guarda na memória os olhares do irmão Wagner e de sua esposa, que fizeram uma visita rápida e que, embora tenham disfarçado, ela os viu saindo chorosos do quarto.
Milena sabia que havia alguma coisa muito errada acontecendo ali. E perguntou ao marido o que era. “Quando você tiver condições, vou te explicar tudo”, ele respondeu, acrescentando que fora um parto muito difícil e que ela precisava de um tempo para se recuperar.
Onde estão as minhas filhas?
Mas então Milena quis saber: “Onde está a Mariana? Onde está a minha filhinha? Eu ainda não conhecia a minha caçulinha! Na sala de parto, eu a vi muito rapidamente, mas logo apaguei. Também queria saber da Helena, se estava tudo bem com ela”.
A pequenina Mariana logo chegou. Embora bastante debilitada, Milena conseguiu amamentá-la, deitada de lado na cama; ela não podia sentar. A mãe de Milena também visitou-a rapidamente; todas as visitas eram rápidas, ela percebia. O marido Carlos André estava o tempo todo ao seu lado, inclusive para dar-lhe alimentação de canudinho. Nesse mesmo dia, ele contou a ela rapidamente o que aconteceu na hora do parto, que o útero havia sido invadido pela placenta, mas sem muitos detalhes.
O fim do sonho dos 5 filhos
Um pouco mais tarde, Carlos André saiu para comprar alguma coisa pra comer. Foi quando a médica de Milena chegou e foi bastante direta: “Se você engravidar novamente, e por um milagre chegar ao final da gestação, não consigo enxergar chances de vida pra você”.
A doutora foi assim direta porque achou que Carlos André já havia lhe contado que ela não poderia mais ter filhos. Porém, ele ainda não havia tido coragem.
“Eu queria os meus cinco filhos. Na minha cabeça, as minhas duas pequenas eram só o começo dos meus planos. Eu falava pra todo mundo da família grande que queria construir! Foi um choque pra mim saber que eu não poderia mais engravidar. Mas confesso que, mesmo encarando os fatos, eu ainda tinha esperanças… porque eu ainda tinha um útero!”, revela.
Momentos dolorosos
No dia seguinte ao parto, foi possível tirar a sonda. “Aí as enfermeiras me disseram que eu precisava tomar banho. Afinal, embora tivessem me limpado no centro cirúrgico, eu ainda estava suja de sangue. Mas quem disse que eu conseguia levantar? Eu mal levantava a cabeça e já perdia o sentido e desmaiava. Foram várias tentativas. Sem forças e sem entender o direito o que estava acontecendo, eu ria sem parar”. Quando fica nervosa, Milena tem crises de riso.
Com muito custo, as enfermeiras, que, segundo Milena, foram anjos em sua vida, juntamente com o Carlos André, conseguiram colocá-la sentada em uma cadeira ao lado da cama. Ali mesmo elas lhe deram banho; afinal, elas tinham que limpá-la para evitar o risco de infecções.
Essa dificuldade para levantar foi atribuída à importante anemia, que necessitou de duas bolsas de sangue para uma recuperação urgente. “Depois dessas bolsas de sangue, comecei a me sentir um pouco melhor”.
Melhora temporária. Após a transfusão, uma dor de cabeça pós rack (anestesia mais usada em cesarianas), associada à sinusite, quase a enlouqueceu. “Eu deitava no chão do quarto e gritava de desespero. Minha mãe ao meu lado, com um olhar santo, querendo me ajudar, mas não sabia o que fazer”. (Lembrando que Milena é uma moça de voz doce e suave; em poucas ocasiões levanta a voz.) “Eu sequer lembrava da dor da minha cirurgia, de tanto que minha cabeça doía. Achava que ia desmaiar de tanta dor”.
Alguns dias depois, medicada e com a dor controlada, Milena teve alta e foi embora para casa. “Quando eu vi a Helena, que foi ao hospital para me buscar e para conhecer a irmã… quando eu vi aquele rostinho lindo dela, com a Mariana nos braços, foi a melhor sensação do mundo. Pensei: estou viva”, lembra.
Um avanço silencioso da doença
Após o segundo parto, a vida volta aparentemente ao normal. Com as dificuldades pós-parto, claro, mas normal.
No entanto, passaram-se trinta dias e o sangramento não parava. Quarenta dias e nada. Um mês e meio, dois meses, e nada de cessar o sangramento, que ficava a cada dia mais intenso. “No começo, eu não me preocupava muito, achava que ia melhorar. Mas depois eu comecei a ficar preocupada; eu sentia que alguma coisa estava muito errada”.
A placenta que restou dentro de Milena deu origem a uma espécie de ferida. As médicas que a acompanhavam estavam relutando para operá-la porque tentavam salvar seu útero a todo custo. A preocupação era com a bexiga; o ponto da ferida estava muito próximo.
“Cheguei num ponto em que não tinha mais forças pra andar. Eu cuidava das minhas duas filhas, sempre com ajuda, amamentava, continuava sangrando e a fraqueza não melhorava. O mais incrível nisso tudo é que a Mariana parecia que entendia tudo o que acontecia. Ela só mamava e dormia. Um anjo! Pensa numa criança calma! Ela não dava trabalho nem pra arrotar. E a Helena, também tão pequenininha, não dava um pingo de trabalho, fazendo tudo pra me ajudar”, lembra Milena.
Mas suas forças realmente estavam a cada dia mais minadas. “Várias vezes, eu achei que não ia aguentar”.
Retirar o útero não estava descartado, mas era muito arriscado. Então Milena começou a tomar injeções de doze em doze horas, para conter o sangramento. Resolveu momentaneamente, mas ela não poderia passar o resto da vida tomando injeções duas vezes por dia para controlar a hemorragia. E não restava outra opção, a não ser optar pela cirurgia de retirada do útero.
Devido à anemia e estado de fraqueza em que se encontrava, a cirurgia precisou ser remarcada quatro vezes. “Todos nós sabíamos que seria arriscado. Eu estava em recuperação de uma anemia profunda e o risco de hemorragia era grande. No ultrassom, o que dava pra ver era como se fosse um resto de placenta. Mas só saberíamos exatamente como estava a situação quando abrissem a minha barriga”.
O receio de Milena, de sua família e da equipe médica era grande, pois o útero pode ser retirado, mas a bexiga não. E nos exames de imagem, não dava pra saber com certeza o que havia lá dentro.
Um pedido atendido por Nossa Senhora Aparecida
O tempo ia passando e Milena e o marido ficavam cada vez mais apreensivos. “Aí, um dia, eu pedi pro Carlos André nos levar em Aparecida, porque eu queria passar nos pés de Nossa Senhora. Ali, nos pés dela, eu pedi pra ela me mostrar um caminho, porque eu estava perdida. Pedi, com muita fé, para parar de sangrar e para ela abençoar as minhas filhas e meu marido”, lembra.
No mesmo dia, após a visita à casa da Mãe Aparecida, Milena e a família foram para a casa de seus pais. Lá, Milena foi ao banheiro, para fazer xixi, e qual não foi sua surpresa quando expeliu uma bolsa enorme de sangue. “É constrangedor falar sobre isso, mas foi Nossa Senhora atendendo ao meu pedido. No mesmo dia, ela me mostrou o caminho. Da casa da minha mãe, fomos direto para o hospital. E graças à eliminação dessa bolsa de sangue, ainda sem explicação, as médicas conseguiram visualizar que o que estava sendo expelido diariamente, nesses meses todos em que eu sangrava, não era só a placenta. Havia no meu útero uma grande ferida”.
Pouco tempo depois, foi realizada a cirurgia. Foram três horas e meia de um procedimento que precisou ser bastante invasivo. Foram retirados o útero e o colo do útero, que já estavam começando a necrosar dentro de Milena. Se demorasse um pouco mais, talvez ela não estivesse aqui hoje para dar seu testemunho. Era início de dezembro de 2014, data em que essa mãe nasceu novamente para a vida.
Uma mãe com o coração do tamanho do mundo
Questionada sobre se teve medo de morrer, Milena respondeu que o que a desesperava era a possibilidade de não poder mais ver suas filhas. “A dor que eu sentia e o medo da cirurgia não eram nada diante do medo que eu tinha de não acompanhar o crescimento das minhas meninas”.
Milena conta que chegou a preparar a filha Helena para sua morte, que poderia acontecer durante a cirurgia. “Eu dizia pra ela que eu tinha que operar e que talvez eu não pudesse voltar, porque podia ser que o Papai do Céu me chamasse para trabalhar com Ele… porque lá no céu tinha muito trabalho e ele precisava de gente pra ajudar”.
Para a pequena Helena, a mãe ensinou que a chuva acontece quando estão jogando água lá no céu, para lavar as coisas. O trovão são os móveis sendo empurrados, pra limpar atrás deles. E o vento é o aspirador de pó ligado… Então, a pequenina entendia que era mesmo muito serviço. “Mas olha, filha, se o Papai do Céu chamar a mamãe, não fica preocupada, tá?! Porque aqui você ainda vai ter o papai, seus vovôs, vovós e também a Mariana, pra você ajudar a cuidar e que vai ser sempre sua melhor amiga… E mesmo lá no céu, a mamãe vai estar sempre com você”, era assim a conversa.
Helena, na época com apenas 2 anos, entendia e fazia perguntas para a mãe, que só dividiu essa história com o marido e mais ninguém, antes da cirurgia. Milena estava segura de que Carlos André faria suas filhas muito felizes, caso ela não estivesse mais aqui.
“No dia da cirurgia, nós estávamos todos muito nervosos, mas a Helena não. Ela estava tranquila porque confiava em mim. Ela ainda me pediu dinheiro pra comprar pipa e eu dei. Apesar de estar entrando no carro para ir para o hospital, foi a minha alegria ver a minha filha tão feliz… ter a certeza de que consegui evitar que ela passasse também por aquele momento tão difícil”, relembra.
Quando virou a esquina, Milena desabou. “Era uma dor tão grande que eu sentia que parecia que estavam arrancando meu coração! Mas Nossa Senhora me carregou no colo. Eu tinha muito medo de morrer, mas a minha força de viver era maior. Quando entrei no hospital, não sei de onde veio essa força, uma esperança que até então eu desconhecia… Não tem explicação; só Deus mesmo”… E como você já sabe, deu tudo certo na cirurgia.
A música: uma de suas maiores paixões
Nem todo mundo que a conhece sabe, mas Milena canta desde pequena, quando tinha oito ou nove anos, na igreja. Cantava na banda e no coral.
Aos treze anos, participou e venceu o concurso Transavale, após o qual começou a cantar na Banda Phoenix. “Um dia, o Flávio Cavalheiro me viu cantando e me convidou pra cantar com ele”. Milena cantou na noite, pela região e até no sul de Minas, até os dezessete anos, quando entrou na faculdade.
“Na verdade, eu sou mesmo é sertaneja. Sempre cantei com meu irmão Davi, desde pequena: ele compunha e tocava, eu cantava. E nosso forte sempre foi a música caipira ou música de raiz”.
Durante os anos de curso superior, parou de cantar. Chegou a fazer unha pra ganhar um dinheirinho extra. E acredite: sempre discreta, ela nunca falou sobre o assunto publicamente, embora a música sempre fosse uma de suas maiores paixões.
Após a faculdade, voltou a cantar, mas apenas em casamentos. Cantava sozinha ou com o Flávio Chiaradia, também conhecido na região. Em 2007, no casamento da prima Maria Cláudia, foi convidada a cantar. “Ia ter um tipo de mini orquestra no casamento, com representantes da Aeronáutica, de Guaratinguetá”.
Ali nasceu uma parceria que perdura até os dias atuais. Ainda hoje, Milena canta com a Seraphim Eventos Musicais, sempre em casamentos.
“Cantar é o meu sonho, não para ser famosa, mas porque é como me realizo. Eu gosto demais de cantar”, entrega Milena, que acredita que, após essa chance de renascimento que recebeu, está pronta para falar sobre sua ligação com a música. “Gosto de estar entre amigos, com a minha família, tocar violão e cantar. Mas nunca tinha falado sobre isso, mesmo que eu e meus irmãos tenhamos ligação com a música desde crianças, com seis ou sete anos, quando minha mãe nos ensinava a tocar violão, sempre com a supervisão do meu pai, ainda que nós reclamássemos (risos)”, admite.
E foi através da música que Milena conquistou tantas coisas na vida: a família sempre se manteve unida, ela e seus irmãos se encaminharam… Também foi por causa da música que Milena conheceu Carlos André, com quem constrói hoje, diariamente, a sua própria família.
No link a seguir, você pode conferir o talento de Milena: https://www.youtube.com/watch?v=ff4XC23-TQM
O que faz a vida valer a pena
“Minha maior alegria, hoje, é o sorriso das minhas gatinhas. E tenho uma imensa gratidão a Deus, por ter sobrevivido. Eu reconheço a chance que me foi dada. Como passar por tudo isso e não ser grata?”
A história de Milena, de Carlos André, de Helena e Mariana é uma história de amor. De fé em Deus. De fé na vida. De renascimento. E afinal, o que mais faz a vida valer a pena?!
Feliz Natal, abençoado 2016… sempre em família e bem perto das pessoas que a gente gosta!
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