Temos vivido um tempo em que relatos de intolerância, crueldade e violência, nos mais variados lugares e nas mais diversas formas, têm marcado tragicamente o impedimento do exercício dos direitos humanos fundamentais de forma livre, autônoma e plena.
Infelizmente, as marcas desse impedimento, motivadas por discriminação de orientação sexual, de gênero, de credos, de etnias, reafirmam inaceitáveis crimes de ódio, pautados pela lógica da intolerância a restringir e aniquilar direitos básicos de um grupo por ser diverso, invocando o componente essencialmente cultural fundado em relações desiguais de poder entre homens e mulheres.
É chegada a hora de dizermos basta! Os indivíduos devem ter seus direitos protegidos para que possam amar e se expressar sem barreiras, sem violência ou discriminação de qualquer natureza. A todos deve estar assegurado o direito de ser, com pleno respeito e inteira dignidade.
Com vistas à preservação desse direito, precisamos fortalecer nos diversos espaços sociais formas de convivência não sexista e não discriminatória, com base em uma educação que enfrente a cultura da violência contra as diferenças, buscando assegurar a igualdade entre os indivíduos, em plena consonância com a ordem constitucional e com os tratados de Direitos Humanos ratificados pelo Estado Brasileiro.
Como afirma Victoria Benevides, os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito humano no Brasil, também deverá sê-lo com o mesmo nível de exigência, de respeitabilidade e de garantia em qualquer país do mundo, porque eles não se referem a um membro de uma sociedade política; a um membro de um Estado; eles se referem à pessoa humana na sua universalidade. Por isso são chamados de direitos naturais, porque dizem respeito à dignidade da natureza humana. São naturais, também, porque existem antes de qualquer lei, e não precisam estar especificados numa lei,para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e promovidos. Direitos estão explicitamente elencados na constituição de um país.
O que temos disseminado em nossas vidas: direitos ou desigualdades? Amor ou ódio? Tolerância ou intolerância? Quais valores temos preservado em nossas ações? Os valores que ensinamos aos outros são aqueles que demonstramos com ações cotidianas. Há de se ter cautela, pois quem acha que suas crenças precisam ser defendidas a qualquer custo, até com violência, pode, mesmo sem intenção, inspirar muita violência e até massacres, como os que temos visto ultimamente. Fica aqui o apelo para uma reflexão sobre a intolerância e a violência, frutos de uma sociedade que alimenta as separações entre pessoas que deveriam viver em harmonia, apesar de suas diferenças.
Pensar os Direitos Humanos é essencial para a transformação da nossa sociedade. Seguindo esse caminho, formaremos uma cultura de respeito à dignidade humana por meio da promoção e da vivência dos valores da liberdade, da justiça, da igualdade, da solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz. Portanto, cabe a nós, cada um e todos, criar, influenciar e consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que, repletos daqueles valores tão citados em nossos discursos, possam, de fato, transformarem-se em práticas.
Wellington de Oliveira cursou mestrado e doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutorado em Psicologia da Educação pela mesma universidade. Atualmente, é Diretor Geral da Fatea (Faculdades Integradas Teresa D’Ávila); professor permanente no Programa de Estudos Pós-Graduados em Design, Inovação e Tecnologia da Fatea e Coordenador do Laped (Laboratório Interdisciplinar em Design, Tecnologia e Educação). Suas pesquisas contemplam uma interface entre as áreas do Emotional design, Design de interação e a Psicologia Sócio-histórica, com foco nos seguintes temas: Design, subjetividade e processos culturais; Emotional design e as perspectivas (trans) interdisciplinares nos processos de produção/criação. Pesquisador do Grupo Lace (Linguagem e Atividade em Contextos Escolares) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP e no Grupo Atividade e Formação Docente na mesma universidade.
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