Na semana passada, uma mulher de 50 anos registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher de Guaratinguetá, noticiando que no dia 8 de outubro (um sábado), estava sentada em um banco da Rodoviária de Guaratinguetá, na saída onde há o terminal destinado aos bairros daquela cidade (em frente a uma lanchonete), quando, de repente, sentiu uma picada nas costas.
Ao olhar para trás, ela percebeu um vulto de alguém que se afastava (um homem de 25 a 30 anos), com os braços para a frente, e atrás de outros dois homens. Ela ainda tentou segui-los, mas sentiu um mal estar nas pernas e os perdeu de vista.
Sem testemunhas presenciais, após o registro, foi requisitado exame de corpo de delito e a vítima foi medicada e submetida ao devido tratamento de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. As investigações se iniciaram imediatamente após o registro do B.O. e a vítima pediu que não fosse exposta, tendo noticiado os fatos à Polícia Civil como forma de alerta e para evitar que outras pessoas fossem vitimadas por esta conduta.
Ocorre que as investigações concluíram: tudo não passou de um mero equívoco da vítima. Segundo consta, naquele dia, ela foi deixada na Rodoviária por uma amiga, que a alertara para ter cuidado em locais tumultuados, pois no sábado anterior (dia 1º de outubro), teria acontecido um ataque da seringa nas proximidades do Buriti Shopping Guará.
Preocupada com a informação que a amiga lhe passara, a vítima, enquanto aguardava sentada no interior da Rodoviária pelo ônibus no qual iria embarcar, sentiu um incômodo nas costas, parecido com uma picada, o que a deixou em pânico. Ela teria olhado para trás e achado que um indivíduo que por ali passava havia lhe atacado com uma seringa e fugido do local.
No entanto, durante as investigações, a Polícia Civil, baseada especialmente nas imagens das câmeras de vigilância do local, esclareceu: a suposta vítima não sofreu qualquer ataque no período de tempo em que se manteve sentada, aguardando o ônibus. Segundo consta, tudo leva a crer que ela tenha sofrido a picada de algum inseto, pois o laudo do IML (Instituto Médico Legal) constatou que havia vestígios de uma picada no local apontado por ela. Inclusive, nas imagens, relata a Polícia Civil, aparecem cenas da mulher se coçando no exato local da lesão e tentando tocar algum inseto, batendo nas costas com um caderno que mantinha consigo.
Por ter entrado em pânico diante da possibilidade de ter sido vítima de um ataque da seringa, ela achou por bem noticiar o fato à Polícia, até para evitar que outras pessoas também fossem atacadas. Porém, até mesmo a suposta vítima, tendo analisado as imagens juntamente com a Polícia Civil de Guaratinguetá, chegou à conclusão de que havia se equivocado, tendo pedido desculpas por todo o transtorno causado.
Já o primeiro suposto ataque ocorrido em Guará, nas imediações do Shopping, ainda está sendo esclarecido.
As informações são do setor de Imprensa da Seccional de Guaratinguetá.








