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COLUNISTAS / Falando de teatro

A VOZ DO RIO reúne 30 atores da cidade no Teatro Teresa D’Ávila, neste final de semana

07/12/2018

Pela primeira vez, desde o início das oficinas do premiado teatrólogo lorenense Caio de Andrade (em 2013), os dois grupos (a Companhia de Jovens Atores do Teatro Teresa D’Ávila e a UniFatea Cia de Teatro) se encontram no mesmo palco. Serão quase 30 atores em cena, nesta sexta, sábado e domingo (7, 8 e 9 de dezembro), sempre às 20h, no Teatro Teresa D’Ávila. Em cena, A VOZ DO RIO, peça que vai contar a história de um jornal de 1914, nascido no Rio de Janeiro ainda monarquista, tentando sobreviver no conturbado início da aventura republicana brasileira, enfrentando um sem número de desafios.

Sobre a peça

De autoria do coletivo dramatúrgico Movida Literária, sob a supervisão de Caio de Andrade, o texto foi inspirado no comovente e vitorioso movimento grevista acontecido em Nova Iorque, no final do século XIX (1899). Nesta época, centenas de jovens jornaleiros, revoltados com os preços pagos para vender jornais, se revoltaram contra o todo-poderoso editor Joseph Pulitzer, que praticamente dominava e influenciava toda a cidade com seu jornal New York World. Os Newsies – como ficaram conhecidos – entraram em greve por melhores condições de trabalho para a “classe”, movida basicamente por trabalho infantil – o que não era crime à época.

A VOZ DO RIO transporta a história americana para terras brasileiras e se passa em duas diferentes datas: 1891 – ano da promulgação da primeira Constituição Republicana do Brasil, e 1914 – início da Primeira Grande Guerra Mundial.

Inserido no ainda incipiente universo da imprensa fluminense, A VOZ DO RIO é um jornal que, nascido no Rio de Janeiro ainda monarquista, tenta sobreviver no conturbado início da aventura republicana brasileira, enfrentando um sem número de desafios. Pensando em colocar em suas páginas um novo folhetim (gênero que consiste em publicar histórias ficcionais em capítulos), os jornalistas de A VOZ DO RIO, em 1914, resolvem escrever a história de uma greve de pequenos jornalistas cariocas que, em 1891 (25 anos antes), fizeram uma paralisação nos mesmos moldes dos Newsies americanos.

MOVIDA LITERÁRIA: Camila Loricchio, Ge Rodrigues Junior, Luiz Siqueira, Maria Carolina Moraes, Marilei Casimiro, Raquel Schwab, Vânia Alves e Caio de Andrade.

COMPANHIA DOS JOVENS ATORES: Ana Silva, Eduardo Cerca, Kauã Rodrigues, Gabriel Fillipo, Giulia Samahá, Izabela Alkmin, Lívia Ferreira, Luis Guilherme Barbosa, Maju Moura, Matheus Galloro, Milena Monteiro, Pietro Neckel, Rafael Pacheco, Thaysa Duarte e Vitória Fernanda.

UNIFATEA COMPANHIA DE TEATRO: Ana Nogueira, André Lima, Carol Simões, Déborah Oliveira, Deborah Vitoria, Ge Rodrigues Junior, Isac Satim, Luís Andrade, Luthe Libanor, Marcelo Corrêa, Paulo Sade, Rosangela Canuto, Sara Guedes e Marisa Papa.

FICHA TÉCNICA: Giulia Samahá e Maria Carolina Moraes (Assistentes de Direção), Polyana Zappa (Cenários), Karine Andrade (Figurinos), Yago Santtos (Iluminação), Tuti Soares (Sonoplastia e Vídeos), João Pedro Bernardes de Aquino (Design Gráfico), Teatro Teresa D’Ávila (Direção de Produção).

Direção Geral: Caio de Andrade

Ingressos à venda (R$ 20 e R$10) na bilheteria do Teatro (2124 2922), no UniFatea, das 15h às 18h30, ou pelo site www.megabilheteria.com

COLUNISTAS / Caio de Andrade

Dramaturgo, diretor e produtor teatral, Caio de Andrade nasceu em Lorena (SP), no dia 25 de novembro de 1960, e construiu sua carreira no Rio de Janeiro.

Formado em jornalismo, trabalhou na TV Manchete e SBT.

Ao longo de seus dez anos na televisão, fez inúmeros cursos e oficinas de teatro, chegando a dirigir alguns espetáculos. Nos palcos, como autor e diretor, vem construindo uma ponte entre o teatro e a história do Brasil. Foi o criador do Projeto História em Cena, no Centro Cultural Banco do Brasil – RJ, que levou milhares de estudantes ao teatro ao longo dos seus três anos de existência.

Participou de encontros com importantes companhias inglesas, na área de teatro-educação e de inúmeros festivais no Brasil e no exterior.  É, hoje, um dos profissionais de teatro mais atuantes e premiados da sua geração.

Foto por: Rodolfo Magalhães


cdeandrade@uol.com.br

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