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Cotel tem nova direção em 2022

19/07/2022

Saiu o prof. José Mário, assumiu a professora Elisângela. A pedido da direção da EEL-USP, no início deste ano, a professora Elisângela Moraes e o professor Arnaldo Márcio assumiram a direção do Cotel (Colégio Técnico de Lorena), mantido pela EEL (Escola de Engenharia de Lorena). Por 22 anos, o Cotel, que oferece curso técnico em Química concomitante ao Ensino Médio (fundado em 1993), teve à frente o professor José Mário Pinto de Oliveira.

“O grande desafio para essa nova era do Cotel é manter a qualidade de ensino elevada, paralelamente às mudanças intrínsecas à implantação do novo Ensino Médio”, diz a nova diretora do Colégio, profa. Elisângela Moraes. As mudanças estão sendo implementadas em escolas públicas e privadas de todo o país e prevê, dentre outras coisas, o aumento da carga horária e um itinerário formativo flexível, que atenda a necessidades profissionais previamente escolhidas pelos estudantes. Agora, os estudantes podem optar pela área de conhecimento que desejam seguir (Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas).

“Já vínhamos trabalhando há mais de um ano para a implantação do novo Ensino Médio e serão necessárias várias adequações para as aulas, pois teremos itinerários diferentes”, conta a diretora. Segundo ela, é a preparação de conteúdos novos, com itinerários formativos flexíveis, o maior desafio para os professores.

A mudança também afeta a infraestrutura do Colégio, que agora irá demandar o dobro de salas de aula para atender ao novo Ensino Médio, já que as turmas serão divididas por áreas de interesse.

Outro desafio que a nova direção do Cotel tem pela frente é realizar a Institucionalização do Colégio dentro da USP. “Estamos trabalhando em um novo organograma, que está sendo analisado, e uma vez institucionalizado, poderemos realizar concursos para criar um quadro permanente de professores só do Cotel, o que com certeza irá interferir positivamente na qualidade de ensino do Colégio”. Até então, o Cotel conta com docentes e servidores voluntários da USP para ministrar aulas. A própria professora Elisângela dá aulas no Colégio desde que ingressou na USP, há 10 anos. Já o novo vice-diretor, prof. Arnaldo Márcio, ministra aulas no Colégio desde sua fundação.

O prof. Arnaldo salienta que a inserção do Cotel na Universidade é primordial para elevar ainda mais a excelência de ensino do Colégio: “Temos perspectivas de que teremos mais recursos para melhorar a infraestrutura e melhorar ainda mais a qualidade de ensino; e essa inserção na Universidade nos trará mais condições”.

Professor José Mário: 22 anos de história à frente do Cotel

Prof. José Mario tinha 28 anos quando foi nomeado diretor do Cotel, pelo professor Antonio Clélio Ribeiro, na época diretor da Faenquil. Segundo o prof. Clélio, a nomeação foi uma decisão acertada, diante de tantos desafios que o Colégio enfrentou: “Com o passar do tempo, o professor José Mário mostrou que realmente era a pessoa mais indicada para exercer a direção do Cotel, haja vista o prestígio do Colégio Técnico na nossa região”.

O maior desafio encontrado pelo prof. José Mário foi manter a qualidade do corpo docente. Desde a sua fundação, docentes e servidores qualificados da USP ministram aulas no Colégio. Não há remuneração extra para quem é da USP e ministra aulas no Cotel. A atividade é voluntária. Nesse período, o ex-diretor teve que contar com a amizade, simpatia e profissionalismo de muitos servidores da EEL, e precisou desenvolver várias ações para garantir a contratação de professores cujas especialidades não haviam dentro da Unidade, para que os alunos não ficassem sem aulas nem um dia. Mesmo com esse gargalo, o desempenho do Colégio sempre esteve em alto nível.

Depois que a Faenquil deixou de existir e passou a ser uma unidade da USP, como EEL, houve alguns contratempos para o Cotel. A USP não tinha certeza em mantê-lo junto à unidade de Lorena. O coordenador pro-tempore da unidade, e posteriormente diretor pro-tempore e diretor da EEL, prof. Nei Fernandes de Oliveira Junior, conta que essa questão foi resolvida em pouco tempo.

“Logo de início, fiquei conhecendo o diretor do Colégio, um jovem de quem já tinha excelentes referências. Era tratado por todos como ‘Zé’ Mário, o que reforçava a jovialidade que imprimia à sua aparência e à sua direção. Logo descobri que o Cotel funcionava quase como uma grande família: direção, servidores, docentes e alunos. Aos poucos, tomei conhecimento dos números relativos ao desempenho dos formandos e me entusiasmei. E não tive dúvida em divulgar na USP meu entusiasmo, abrindo caminho para que a permanência acontecesse. E absolutamente não me arrependi. Durante todo o meu tempo como diretor da EEL, jamais tive qualquer problema com o Cotel. Ao contrário, em várias ocasiões, tive o prazer de representar a Escola em cerimônias de premiação do Colégio por excelência de desempenho”.

O ex-diretor ressalta: “Hoje, o Cotel é um patrimônio da EEL e da USP. E isso graças, sem dúvida, à competência, dinamismo e eficiência de sua direção nestas últimas duas décadas. E certamente não foram poucas as dificuldades enfrentadas”, salienta o prof. Nei, que posteriormente foi nomeado professor emérito da EEL e que, mesmo depois de aposentado e morando em São Paulo, ministrou voluntariamente aulas de Física no Colégio.

O regimento do Colégio até previa uma eleição periódica. No entanto, como não possuía um quadro de técnicos e docentes próprios, não havia como realizar a eleição. Com os resultados positivos dos estudantes e as notas nos índices de desempenho, o professor José Mário foi mantido no cargo pelos diretores que assumiram a EEL ao longo dos anos, mesmo depois que a USP assumiu o comando da unidade de Lorena.

Ao longo de sua história, o Cotel demonstrou sua qualidade de ensino sempre em evolução, conquistando excelentes notas no Enem, mantendo-se à frente das escolas da cidade e figurando entre as melhores escolas públicas do Estado e do País. Além disso, desde 2009, o Curso Técnico em Química é certificado com o Selo de Qualidade do CRQ (Conselho Regional de Química), concedido somente às melhores escolas técnicas de Química do Estado.

A excelência do Cotel também pode ser observada nos resultados dos vestibulares e concursos. A taxa de alunos que saem do colégio e ingressam direto em universidades públicas é de 50%.

É certo que ter entre seus professores os profissionais da USP, altamente qualificados, faz a diferença nos resultados e na aprendizagem dos estudantes. Mas é o engajamento dos professores e funcionários, a relação humanizada entre servidores, direção e alunos, que dá o tempero entre os estudantes e o comprometimento escolar.

Com o tempo, a experiência adquirida permitiu ao prof. José Mário identificar quando os alunos estão com problemas.  São tantos anos em meio aos jovens que o José Mario consegue perceber a mudança de comportamento de um aluno e chamá-lo para uma conversa entre amigos. Conhecer alunos pelo nome, ouvir desabafos, ser conselheiro, amigo, é dar seu “algo mais” para os jovens.

Agora, o novo regimento, elaborado por uma comissão, já prevê que a direção do Colégio seja ocupada por um servidor da USP.  José Mario é servidor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

“Em 2021, participei da última formatura como diretor, com a sensação enorme de missão cumprida. Muito honrado pela confiança que foi depositada em mim pelos idealizadores do Colégio, o prof. Carlos Roberto de Oliveira Almeida, o prof. Nelson Pesciotta (que empresta o nome ao Colégio) e o prof. Francisco Sodero de Toledo”, frisa o ex-diretor do Cotel.

Prof. Sodero, que foi o primeiro diretor do Cotel, observa que durante este longo tempo, por mais de duas décadas, José Mário exerceu o cargo com muita responsabilidade e empenho. “Pela sua competência e pela maneira gentil de tratar a todos, se tornou admirado e respeitado pela comunidade escolar. Durante estes anos, o Colégio ganhou estabilidade, notoriedade, tornando-se referência a nível regional. Graças, sem dúvida, à direção de forma prática, idônea, séria e dedicada de seu diretor que, de forma tranquila, soube se cercar de pessoas também dedicadas, formando, integrando e dirigindo o trabalho em equipe com equilíbrio e maestria”.  Ele prossegue: “Damos as boas vindas à competente e querida profa. dra. Elisângela Moraes, desejando sucesso à frente deste novo desafio: levar adiante e manter o ensino com qualidade no Cotel”.

O prof. dr. Silvio Silverio da Silva, atual diretor da EEL, e o prof. dr. Durval Rodrigues Junior, Vice, têm certeza da correção em indicar a profa. Elisângela para esta nova e importante etapa de funcionamento do Cotel, direcionando-o à completa inserção e institucionalização na EEL e na USP.

Os alunos do Cotel têm, atualmente, acesso total aos restaurantes universitários, bibliotecas, laboratórios didáticos, laboratórios de informática e toda a infraestrutura da EEL, inclusive com número e e-mail USP. Melhorias na infraestrutura do Colégio estão sendo implementadas, o que o colocará em novo patamar de qualidade.

A diretoria da EEL agradece o trabalho realizado pelo prof. José Mário, ex-diretor do Cotel, e ao ex-vice diretor, Evaldo Borges Silva, pelo excelente serviço prestado ao longo de tantos anos.

O prof. José Mário inicia agora um novo estágio de trabalhos na EEL, como responsável pelo Setor de Esportes da unidade.

Fonte: EEL-USP (jornalista Simone Colombo)

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