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Regras e limites na educação

10/11/2014

O processo de conhecimento e elaboração das regras é longo, e é preciso muita paciência e sabedoria por parte dos adultos.  É um processo que envolve fatores cognitivos e afetivos.

A construção de regras se dá também através dos jogos; a criança reproduz os comportamentos e atitudes do seu meio social.  Nos jogos, a criança passa a perceber que existem regras que precisam ser seguidas. Ela assume novos papéis, aprende a julgar e a compreender as consequências do seu modo de agir.

Desse modo, a criança acaba por internalizar as regras e valores que orientam seu comportamento. Elas vão aceitando e criando novas regras, vão construindo os conceitos do que é certo e errado.

É sempre importante estabelecer regras e limites de comportamento. É preciso também que os pais e professores estabeleçam regras para si próprios, para que a criança tenha um modelo a seguir.

A família é o modelo mais importante para o desenvolvimento da criança. É através dela que serão adquiridos os conhecimentos como: valores, linguagem, hábitos, padrões de conduta e interação.

A instabilidade familiar pode gerar várias desadaptações da criança na escola e sociedade.

É preciso estar atento para:
– Ser coerente em suas próprias atitudes.
– Oferecer carinho e proteção sem exageros.
– Não exigir atitudes que a criança não está preparada para realizar.
– Não tente colocar limites se você não souber seguir as regras.
– Dê o exemplo de ordem, pontualidade, respeito, honestidade, verdade, gentileza e educação.
– Ao estabelecer os limites é importante cumpri-los; não ceder diante da insistência e birras da criança.
– Evite o desequilíbrio: tudo pode ou nada pode.
– Os pais precisam se unir e concordar na forma de educar.
As crianças buscam nos pais o seu modelo de comportamento. Por isso, precisamos examinar nossas atitudes, para podermos servir de ponto de referência na educação e desenvolvimento das nossas crianças.

O que a criança pede aos pais:
* Me ensine a ter limites. Eu não sei o que é certo e o que é errado.
* Sejam firmes comigo. Não tenham medo. Isso não vai me fazer mal.
* Eu estou crescendo. Ajudem-me a enfrentar a vida.
* Me respondam “como” e o “porquê” das coisas com verdade e simplicidade.
* Não me comparem com outras crianças. Eu sou único.
* Não transfiram para mim seus medos e expectativas. Isso vai me deixar muito inseguro.
* Me amem e me protejam na dose certa, senão terei dificuldades para enfrentar a realidade.

 

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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