Minha memória, que sempre foi deficiente, agora está pior, talvez pela idade; e esta falha causa-me danos nem sempre reparáveis.
Como um neto foi estudar em Bauru e agora lá trabalha e reside, lembrei-me, ao falar com ele, que li há tempos um belo poema sobre essa cidade, texto que evocava o movimento do começo do século passado e que assinalou a extensão da estrada de ferro Noroeste, recebendo o nome de Marcha para o Oeste. (O dr. Mozart Leite,que foi meu dentista há muitos anos, sempre me falava sobre esse movimento).
Minha erudição parou aí; não achei a poesia para mostrar-lhe e só me lembrei de pequeno trecho. Pedi, então, socorro a alguns amigos e aqui neste meu espaço. Felizmente, um deles atendeu ao meu apelo: o Adilson Roberto Gonçalves, professor da Faenquil e também acadêmico, a quem faço público meu agradecimento.
O poema é de Rodrigues de Abreu, que deixou admirável produção e que, se não me engano (outra vez a memória!…), era de Silveiras.
Vejam só esta amostra:
Acendi meu cigarro no tôco de lenha deixado na estrada,
no meio da cinza ainda morna
do último bivaque dos Bandeirantes..







