Era uma senhora ainda jovem, loira (natural), bonita e, principalmente, atenciosa e amiga das pessoas. Engenheira por formação e jornalista e administradora por vocação, amava Lorena como se fosse sua terra natal.

Escrevia no jornal bem, muito bem. E antes dos filhos estudarem jornalismo, esteve à frente do jornal, do nosso Guaypacaré, durante anos, juntamente com o João Bosco (Paçoca), seu esposo, também jornalista. 

Carolina foi um presente que Jacarezinho, no Paraná, deu para Lorena. Deu as suas qualidades à nossa Lorena, pela sua família, fundada com o querido lorenense de berço e de raízes, Bosco, e com o Guaypacaré, que contava semanalmente aos lorenenses a sua vida, as suas notícias, boas ou ruins, porém, sempre verdadeiras. Aos sábados, já de madrugada, por mais de 30 anos, o jornal chegava às casas dos assinantes, às bancas e livrarias, onde era sempre esperado. Quando atrasava ou vinha aos domingos, todos já sentiam sua falta.

O jornal é o contato entre os habitantes e os une através dos acontecimentos, das notícias, dos eventos.

Carolina partiu. E com ela, o Guaypacaré. Lorena perdeu. Todos nós perdemos.
Mas a memória de Carolina ficará. Mais que jornalista, ela foi uma lorenense que fez muito bem à cidade que a acolheu e que nunca a esquecerá… E que ficava sempre à sua espera, através do jornal tão lorenense que ela ajudou a fundar e a circular. Que junto à Senhora da Piedade, Carolina interceda por nós. Amém!