O medo é um sentimento existente não só nos seres humanos, como também nos animais. É uma reação de defesa e muitas vezes positiva, pois é o que nos defende de muitos perigos.
A sensação do medo prepara o nosso corpo para a fuga ou para o ataque. Se, diante de um perigo ou de uma situação ameaçadora, não apresentássemos nenhuma reação, não teríamos como escapar de um perigo. Nesse sentido, o medo é essencial para a nossa sobrevivência.
O medo se torna problema quando começa a surgir diante de situações do dia a dia, prejudicando as atividades da criança. Medos exagerados e persistentes provocam muitas angústias, podendo trazer outros transtornos: timidez, terror noturno, insônia, falta de apetite, problemas escolares e outros.
A maioria dos medos infantis desaparece com a idade. Os medos mais comuns são: o medo do escuro, de animais, de fantasmas, de monstros, de dormir sozinho, etc.
Existem situações que trazem sentimentos de insegurança, podendo acarretar medos exagerados e até fobias. Uma dessas situações é a entrada da criança na escola. Ao se deparar com o desconhecido e a falta da mãe, muitas crianças ficam assustadas e ansiosas.
A criança, ao conviver com pessoas muito medrosas, observa suas reações diante de alguns fatos. E provavelmente ela irá sentir pânico diante das mesmas situações, pois começa a entender que ali pode haver perigo.
Outras causas de medo podem ser a perda de uma pessoa da família, o nascimento de um irmãozinho, a separação dos pais, entre outras situações.
A melhor maneira de ajudá-las é passar segurança e conforto. Conversar e esclarecer os fatos para que ela se sinta forte para enfrentar o problema.
Um grande erro é tentar consertar o medo da criança fazendo com que ela o enfrente contra a vontade, acreditando que só assim ela perderá o medo. Por exemplo: obrigar a criança a pular na piscina quando ela tem medo de água, ou a pegar um cachorrinho no colo.
Os medos estão ligados a etapas do desenvolvimento e variam de intensidade de criança para criança. Eles estão relacionados com a personalidade dela e a forma como os pais abordam o problema. Com o crescimento e com a ajuda da família, eles vão desaparecendo.
Fases mais comuns do medo
– Até 7 meses: barulhos inesperados e luzes fortes.
– De 7 meses a 1 ano e meio: pessoas e ambientes novos, medo de perder os pais quando estes saem da sua presença.
– De 1 ano e meio a 3 anos: escuro, ficar sozinho.
– De 3 a 5 anos: monstros, fantasmas, escuro, bichos, trovão.
– De 5 anos em diante: ser esquecido na escola, bandidos, personagens de terror.
– De 6 anos em diante: da própria morte e morte dos pais, das críticas e julgamentos.
Como ajudar:
Sempre mantendo o diálogo, explicando corretamente e esclarecendo as dúvidas. Quanto mais a criança conhecer a respeito do que lhe causa medo, menos preocupação e ansiedade ela terá.