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COLUNISTAS / Maria Luiza

O Papa Francisco e o meio ambiente: Laudato si!

21/07/2015

Parece-nos agora que estamos (todos nós) acordando sobre o clima do nosso planeta. Há muito que estamos percebendo as mudanças climáticas, mas pouco nos importamos com elas. Parece que os países deixam os problemas uns para os outros resolverem (e os ricos não querem perder suas vantagens, suas riquezas).
Em uns lugares mais, outros menos, vemos o planeta se alterando no seu clima, principalmente nas geleiras, próximo aos polos, onde vemos pelo derretimento do gelo o aquecimento da Terra. Os cientistas não são sempre unânimes. Uns alertam para o que pode acontecer no futuro, outros acham que o planeta já teve fases parecidas e continua o mesmo. Não sabemos. Quem sabe são eles, mas podemos perceber as mudanças climáticas e até nos assustarmos mais com elas. Naturalmente não é o fim do mundo, mas é um problema que pode afetar a humanidade não tanto no agora, mas no futuro. E devemos pensar sempre nos nossos descendentes, nos nossos semelhantes, para quem deixaremos o futuro.
E agora o problema do meio ambiente, que já está afetando o clima, tem uma voz poderosa nos alertando. É a voz do nosso querido Papa Francisco, que não fala só para nós católicos, mas para o mundo inteiro, ocidente e oriente, pra cristãos e não cristãos. E ele trouxe no título de sua encíclica, que saiu recentemente, a voz do santo querido e admirado no mundo inteiro pelo seu amor à natureza, a qual chamava de irmã: São Francisco de Assis. E a encíclica com as palavras de São Francisco e agora também com as palavras do Papa Francisco – Laudato si (louvado seja), nos alerta, nos ensina e nos convida a defender a natureza através do seu clima. Diz Dom Sergio Rocha, presidente nacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB: “A importância deste texto vai muito além da Igreja”.
A encíclica fala da Amazônia como um dos mais poderosos e importantes pulmões do mundo e que, como tal, deve ser preservada. E muitos acham que a nossa região amazônica deveria ser internacionalizada para ser melhor resguardada por todo o planeta, principalmente por gente que tenha um convívio mais próximo com o meio ambiente, como por exemplo a população indígena.
E o Papa fala dos problemas sociais e políticos que surgem e podem afetar e prejudicar principalmente a população pobre do mundo, por causa das mudanças climáticas.
Li na revista Veja, na publicação sobre a encíclica: “É verdade que há outros fatores (tais como o vulcanismo, as variações da órbita e do eixo terrestre, o ciclo solar), mas numerosos estudos científicos indicam que a maior parte do aquecimento global das últimas décadas é devida à alta concentração de gases de efeito estufa (anidrido carbônico, metano, óxido de azoto e outros) emitidos, sobretudo, por causa da atividade humana”.
Felizmente, pelo que vemos, as pessoas, as autoridades de diversos países estão se mexendo para resolver o problema. Na reunião do G-7, a seis meses da Cúpula do Clima, a ser realizada em Paris, no fim do ano, os países ricos decidem acabar com o uso dos poluentes: petróleo, gás natural e carvão, até 2100. Como vemos, é uma resolução importante e a gente torce para que isto realmente aconteça. É bom que todos nós saibamos disso e procuremos fazer a nossa parte, para o bem do planeta e, naturalmente, nosso e dos nossos descendentes.
É preciso que saibamos ver a face de Deus na natureza. Ela nos mostra a criação mesmo através da evolução. É nossa obrigação não somente usufruir, mas admirar, cuidar, agradecer e jamais destruir, mesmo porque estamos destruindo a nós mesmos. Tenho dito!

COLUNISTAS / Maria Luiza Reis

Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.

 


baptista@demar.eel.usp.br

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