Por Beatriz Neves
Segundo a Lei da Evolução, nós não regredimos. Nós podemos estagnar ou evoluir, mas, regredir, jamais. Infelizmente, isso não me parece verdade. Há tanto ódio, tanta manipulação, tanta ânsia de poder, tanto fixismo, tantas coisas ruins, que fica difícil admitir que não regredimos.
Crer fielmente na evolução significa supor que, até agora, estivemos vivendo sob máscaras. Todo esse ódio, toda essa falta de empatia, toda essa sede de vingança e violência estavam escondidas debaixo do tapete. Para mim, parece que mudaram a faxineira e ela resolveu bater a tapeçaria, fazendo com que a poeira infestasse todo o lugar. Com essa sujeira por todo o lado, fica difícil acreditar. Será que, realmente, tudo isso tem jeito? O messias realmente voltará e restabelecerá a paz e o amor? Fica difícil acreditar.
Mas algumas flores ainda tentam nascer no asfalto. Há pessoas que doam seu tempo para crianças e idosos carentes. Há pessoas que salvam animais abandonados. Há pessoas que, simplesmente, ajudam alguém a atravessar a rua e que ainda distribuem sorrisos e desejos de um dia bom. E, então, mesmo que por um tempo curto, ainda há em que acreditar.
Biografia:
Beatriz Ignácio Neves nasceu em Belém – PA, mas mora há mais de cinco anos em Guaratinguetá. Tem dezesseis anos, cursa o terceiro ano do ensino médio e o terceiro ano do técnico em química no Colégio Técnico de Lorena – COTEL. Ao mesmo tempo em que pretende seguir a carreira química, pretende ser psicóloga e tudo mais que um dia imaginou ser. Começou a escrever aos onze anos e, então, nunca mais parou. Amante de livros desde a infância e sonha em, um dia, tocar as pessoas como seus autores favoritos a tocaram.