
Valei-nos, ó Senhora Aparecida!
Ouça nossa prece,
a prece de Sua gente querida,
a súplica de Sua gente sofrida.
Valei-nos, ó Senhora do Silêncio!
Criaram um legado venenoso
para esse novo milênio,
uma nova era de genocídios.
Limiar da fúria
e da loucura globalizada.
Geratriz do fanatismo,
capaz de banir e destruir o amor.
O ódio destrói a razão,
nesse cenário triste do império mecânico.
Ronda-nos novamente, o espírito satânico.
Valei-nos, ó Senhora da Piedade!
O planeta está sob o fogo aberto.
Em cada esquina, em cada cidade,
há um contrato assinado com a morte,
com gosto de apocalipse.
Sangue alienígena,
trogloditas, hienas e chacais
não cumprem logo o acordo de Paz.
E aqui jaz, outro século de holocausto.
Valei-nos, ó Senhora do Desterro!
A mesma coisa se repete.
Outra vez, do mesmo jeito.
Vivemos dias de anomia em nossa história.
Longo período de escuridão,
um lapso de falta de memória
e os corações endurecidos estão.
Há muitos paralelepípedos batendo em seu lugar!
Oh, Docíssima Senhora!
Senhora dos povos,
Mulher vestida de sol!
Acalme esse horror.
Defenda Seus filhos,
esses filhos tão distraídos
para que não nos façam mal.
Povo, flor do pântano!
Vi seu Astro no oriente
e vim prestar-lhe homenagem.
O que a Mãe não faria por nós, seus filhos?
Neste mundo que vive às avessas,
você e eu somos eternos sonhadores.