Observando as redes sociais e as pessoas ao meu redor, percebo que a cada dia mais existe uma necessidade de estar em constante atividade. As pessoas, hoje em dia, mal conseguem ficar paradas, desfrutando de sua própria companhia, em silêncio, ociosas mesmo.
Existe uma cultura de ocupação do tempo, o que por sua vez faz com que ele pareça muito mais acelerado e galopante do que antigamente. Às vezes não há tempo ou sensibilidade nem mesmo para perceber e sentir o próprio cansaço. Há a cultura de viajar muito, beber muito, comer muito, experimentar muito, divertir muito, interagir muito e isso tudo nos momentos de descanso, onde se faz de tudo, menos se descansa.
O pior é que a gente se contagia com a cultura, os costumes e o comportamento dos outros e corre o risco de – ao ver o outro viajando, se divertindo, comendo, tomando bebidas alcoólicas que alegram instantaneamente – nos sentirmos também instigados e estimulados a fazermos o mesmo. Estamos vivendo a globalização, onde todo mundo sabe de todo mundo, onde tudo é postado nas redes sociais e quem está apenas observando pode ser tomado por um vazio enorme, por justamente não estar seguindo o mesmo ritmo do resto da humanidade.
Como tudo na vida, todo esse excesso de informações tem os dois lados. Tanta exposição e troca de experiências pode ser também benéfica, pois se aprende e se tem acesso ao mundo na palma das mãos a todo o tempo. Mas o fato é que estamos todos no mesmo barco, com raríssimas exceções, e uma vez no barco, só nos resta navegar…
É, minha gente, navegar é preciso, mas desestressar também. Que a cultura da hiperatividade não nos consuma, não nos esgote e não nos faça perder esse tão precioso tempo que voa e não volta.
Aline de Castro Machado é advogada há 18 anos, mãe de Bruno Machado, jornalista, e além de profissional, uma mulher em busca constante de novos desafios. Sente necessidade de refletir para tentar se autoconhecer e ao menos tentar conhecer melhor esse ser tão complexo que é o ser humano.
Apaixonada por um texto de Aina Cruz, intitulado “Teoria das pessoas complexas”, cujos trechos preferidos são: “É um tipo de gente que não sabe comer a vida pelas bordas e já enfia a colher, com tudo, no meio da sopa. Arriscam queimar a língua, porque sabem que se queimar passa… Mas para uma pessoa complexa, é a morte levar a vida a acomodar-se. Fazer as coisas porque vai ser mais confortável ou socialmente aprovado. Não se trata de rebeldia, nem de originalidade. É apenas que um coração complexo pulsa em arritmia, tem um compasso diferente… Essa gente complexa detesta assuntos burocráticos, relações burocráticas, protocolos, regras sociais… Assim, vivem cada dia como se fosse o único, como se fosse o último… Gente complexa tem alma de poeta mesmo quando nunca escreveu sequer um verso”.
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