Amigo, espero realmente, que me mantenha
dentro de seu coração e de sua oração.
Tenho medo do voo solitário,
só o voo em bando é solidário.
Preciso que ame por mim, o Messias,
todas as vezes que meu coração se encontrar
árido e vazio. Que incoerência, meu amigo!
Quem sabe mais da água viva,
a pessoa que abre a torneira todos os dias
ou o viajante no deserto, torturado pela sede,
em busca de uma Fonte?
É algo que não é experimentado por pedras,
mas apenas pelos seres vivos, querido.
Somos uma multidão que sofre dessa noite escura.
E temos tanta sede dessa Fonte, no entanto,
passo por desertos indescritíveis.
Como se pode sofrer tanto e não se quebrar?
Mas tenho fé, seja na luz ou na escuridão,
mesmo quando olho, mas não escuto;
ouço, mas não vejo Aquele que amo.
Apenas há silêncio!
Mas eu sei que após a Paixão,
a alegria da Ressurreição amanhece sempre.
Erguendo os caídos, encorajando os desfalecidos,
e reascendendo a esperança no coração dos esquecidos.