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COLUNISTAS / Maria Luiza

Finados

13/11/2015

Lembramos com saudade, com carinho; lembramos dos momentos que foram compartilhados; lembramos com a esperança do reencontro, um dia, na Casa do Pai. Mas, mesmo assim, o Dia de Finados é um dia triste; é o dia que mais nos faz sentir a ausência de quem já partiu.

A fé nos dá a esperança, ou mesmo a certeza de que temos um espírito que não morre, que não acaba debaixo da terra com o corpo (que ressuscitará um dia) ou como os animais irracionais… E refletimos: o ser humano é capaz de coisas grandiosas: as experiências científicas que nos levam às descobertas, grandes descobertas que muitas vezes nos devolvem a saúde e nos livram da morte precoce. As descobertas espaciais que nos descobrem o universo grandioso, sem fim, que nos dão a certeza de que não se fez sozinho ou sob uma colisão de forças cósmicas, mas do poder de uma inteligência criadora.

E se voltamos os olhos e o pensamento para a Terra, para o chão, e vemos a biodiversidade nos oferecendo alimentos, frutas, flores, beleza, animais, grandiosidades e tudo o que existe, como também, é claro, perigos como terremotos, tsunamis, tudo o que nos pode fazer mal… porém, que servem para nos alertar e nos ensinar a usar a nossa capacidade para viver e nos defender dos perigos. Se ficássemos parados num jardim tranquilo durante toda a nossa vida, a nossa inteligência, a nossa capacidade cresceria, descobriria, realizaria, saberia se defender? Acho que não. É preciso lutar, pensar, descobrir, realizar e sempre melhorar a vida com a capacidade que Deus nos deu. Não é assim?

Os que viveram aqui e aqui fizeram o bem, descobriram, louvaram e serviram o Criador e, principalmente, amaram o Criador e sua criatura, já cumpriram a sua missão e agora recebem o que merecem junto ao Criador, que também é Pai. Nos unamos com eles na oração, no louvor a Deus e, sem tristeza, esperemos a nossa hora… pois ela virá certamente…

Nos dias que passaram, vimos partir pessoas amigas, simpáticas e conhecidas, gente amiga e querida. Uma é a Lalá (Otília Pinto Pini), natural de Cunha, que morava em Lorena há muitos anos. Lalá faleceu aos 98 anos. Viveu! Mas, todos queríamos que vivesse mais. Lalá era viúva do Geraldo Pini, primo do meu pai e também muito querido por todos. Todos os que conheceram a Lalá gostavam dela. Mas, graças a Deus, sua presença querida continua nos seus também muito estimados filhos: Giselda e Péricles e suas famílias.

A partida do Marcelo Teixeira da Silva (Marcelo Paraná) também deixou Lorena triste no final da semana passada. A mim, veio na lembrança a saudade do seu tio, o inesquecível historiador prof. José Geraldo Evangelista (o querido prof. Zito), conhecido e admirado em todo o Vale do Paraíba, como também em outras regiões do Estado, onde morou e plantou a História e fundou escolas. Nossos sentimentos à grande e querida família da simpática Therezinha Paraná, seus filhos, noras, genros e netos, que sofreram a perda repentina do Marcelo. Mas a vida é assim. Pedimos à Nossa Senhora da Piedade, nossa Padroeira, que console a mãe Therezinha e toda a sua família. Lembro aqui também o saudoso maestro João Evangelista, pelo bem que fez à nossa e sua cidade.

Que Deus tenha o Marcelo Paraná e seus ascendentes no céu. Amém!

COLUNISTAS / Maria Luiza Reis

Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.

 


baptista@demar.eel.usp.br

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