A Companhia de Teatro Jovem do Clube Comercial de Lorena fechou 2015 comemorando o sucesso da peça “A Megera Domada”, de William Shakespeare, com direção e livre adaptação do premiado Caio de Andrade.
A equipe de jovens associados CCL levou para o palco do Teatro Teresa D´Ávila a adaptação da divertida peça de Shakespeare nos dias 11, 12 e 13 de dezembro.
Com Caio de Andrade à frente, só poderia ser sucesso
As atividades aconteceram dentro do Projeto Shakespeare Folia, que faz parte do trabalho que o renomado teatrólogo Caio de Andrade vem, desde 2013, desenvolvendo com jovens atores de Lorena e da região (Guaratinguetá, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Pindamonhangaba, entre outras cidades do Vale), com idades entre 12 e 17 anos, nas oficinas de teatro do Instituto Santa Teresa e do Clube Comercial de Lorena.
“Aproveitamos uma data importante, os 450 anos da morte de Shakespeare, para apresentar um pouco mais de sua fabulosa obra para as crianças e jovens. Foi uma oportunidade muito bacana e trabalhamos nessas peças durante o ano inteiro”, conta Caio de Andrade.
O teatrólogo disse que escolheu “A megera domada” por estar ligadas à questão da juventude. “Tem muita coisa boa na obra de Shakespeare: são 37 peças, entre comédias, tragédias e dramas históricos, as três vertentes da obra shakesperiana”, explica Caio. “Mas optamos por essa por ser cheia de magia, porque queríamos encantar os atores e também o público”.
No total, foram quase 50 adolescentes envolvidos no projeto em 2015 – 24 alunos da Companhia de Teatro do Instituto Santa Teresa e 22 da Companhia de Teatro do Clube Comercial de Lorena.
“A megera domada”
A Companhia de Teatro Jovem do Clube Comercial de Lorena foi fundada em 2014, pelo diretor e dramaturgo Caio de Andrade, comandando as oficinas e assinando as montagens. A primeira peça da Companhia foi “A Farsa das Sete Mariquinhas” – escrita e dirigida por Caio -, quando o jovem elenco de vinte atores mergulhou no universo lúdico e divertido de Ariano Suassuna.
Em 2015, o desafio foi levar ao palco do Teatro Teresa D’Ávila “A Megera Domada”, que conta a divertida saga de Petrucchio, um intrépido cavalheiro de Verona, na conquista de uma dama nada convencional, Katherina, a megera, filha mais velha de Batista, um nobre senhor de Pádua.
O texto, imortalizado em inúmeras montagens teatrais no mundo inteiro, no cinema e também em telenovelas (“O Cravo e a Rosa” foi inspirada na peça de Shakespeare), discute o eterno conflito de gerações – já que Katherina bate de frente com os planos paternos –, e traz à tona a sempre discutida rivalidade entre os interesses masculinos e femininos, que ficam ainda mais acirrados quando o conflito coloca em jogo a paixão de dois jovens com visões aparentemente antagônicas, mas que, no fundo, são complementares.
Nessa montagem, Caio de Andrade – que assinou a direção e adaptação – convidou o próprio Will Shakespeare para defender a sua peça diante de um time de mulheres que julgava o texto machista e propôs uma mudança radical no final do espetáculo.
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