Por Gustavo Andrés Diaz
O fluxo do tempo não para.
Por isso, nossos corpos são como máquinas.
Máquinas do tempo, relógios de pêndulo, de areia.
Porém, não somos perfeitos.
Nossos períodos pré-determinados,
giram as engrenagens coordenadamente.
Constroem um ser de alma amedrontada.
O “tic-tac” sombrio alertando o fim.
Uma vez um relojoeiro me disse:
“Para que o relógio não pare, é preciso dar corda.
Mas cada relógio tem uma chave diferente”
Foi então que percebi a ironia.
A chave não está conosco.
O fluxo não se reverte.
As badaladas só aumentam.
E as engrenagens desaceleram.
Param.
Biografia:
Gustavo Andrés Diaz é estudante de Física. Sempre buscando os pequenos detalhes ao seu redor e, quando encontra, os põe no papel mostrando o quão interessantes podem ser. Escreve suas histórias aos poucos, esperando uma iluminação criativa para juntar os pedaços. Otimista, segue a vida determinado e procurando sempre uma risada.