As brincadeiras linguísticas são um deleite na voz do poeta e o título vai nessa direção. Nesta semana, pesquisadores japoneses publicaram importante estudo sobre bactérias que são capazes de se alimentar de plásticos, especialmente o PET (polietileno tereftalato), que é utilizado em embalagens de bebidas.
Ainda que alvissareiras as descobertas dos colegas japoneses, residem na conscientização da população os mais efetivos meios para a mitigação do problema dos plásticos como resíduos. O PET é um polímero facilmente reciclável, tanto é que é o mais procurado e valorizado entre os catadores. É um poliéster, com ligações químicas mais fáceis de serem quebradas do que as existentes em outros plásticos, como o polietileno e o polipropileno, e pode ser reutilizado como embalagem ou usado na confecção de tecidos.
Um dado importante nas reportagens da semana, com destaque para a de Ricardo Bonalume Neto, na Folha de S. Paulo de 11/3/2016, é que ainda quase um terço desse material é negligenciado nos processos de separação e coleta seletiva, indo parar nos aterros e lixões.
Uma das propostas de trabalho com alunos de escolas municipais para o combate à zika é fazer armadilhas para o mosquito Aedes aegypti com sucata. A garrafa PET é cortada ao meio, a parte em funil emborcada na outra na qual é colocada uma quantidade de arroz e água. Uma redinha, do tipo tecido tuli, fica na boca da garrafa (agora funil) perto do fundo. O mosquito adentra o funil, coloca os ovos para se alimentar do arroz embebido na água e quando eclodem as larvas, elas não conseguem mais sair porque são maiores que os orifícios da rede. Daí ser uma armadilha.
Mas o plástico é o mais reciclável dos materiais: se não pela via material, como energia. Há outros problemas muito mais sérios, como os metais pesados, já tratados neste espaço (“O peso dos metais”, http://olorenense.com.br/2016/01/29/o-peso-dos-metais/), e que estão presentes no lixo eletroeletrônico, fruto de uma investigação futura com alunos dos cursos técnicos do Instituto Federal de São Paulo.
Assim, como plástico, gostaria que boas ideias e práticas se espalhassem por todos os cantos do mundo.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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