Um garoto descobre uma cidade maia analisando a disposição das constelações e fazendo uma previsão da localização nos mapas do Google. Além da genialidade precoce, chamaram a atenção os comentários de que ele fez isso sem gastar recursos, apenas seu computador e a internet. Bem, a visão estreita de quem assim avalia faz esquecer os bilhões de dólares utilizados para colocar satélites em órbita que fotografam com qualidade as imagens utilizadas, além do montante para manter a rede mundial de computadores.
Pequenas curiosidades resultam em grandes inovações e isso falta um pouco aos nossos jovens, mesmo porque se alguém aqui tivesse ideia semelhante, talvez não teria as mesmas condições e estímulos de realizá-la. O menino canadense foi premiado pela associação astronômica de seu país. Temos as olimpíadas das várias áreas das ciências, prêmios para jovens cientistas e outras oportunidades, mas pela dimensão de nosso país, é ainda um volume pequeno desses pequenos estímulos.
O inusitado nem sempre é levado a sério. Minha memória me prega algumas peças e já não sei se é verdadeira a informação de cristais que têm a propriedade de refletir luzes com a metade do comprimento de onda da radiação neles incidentes. Ou mesmo das ligações químicas que possam existir passando pelo meio de anéis de átomos de carbono, formando uma estrutura semelhante a elos de corrente. Foi bom um dia ter brincado de ciência ao tentar construir baterias apenas com sólidos, sem pastas líquidas, ou calcular o ciclo do carbono, sem muito cuidado com o balanço energético envolvido.
Confesso que após tomar conhecimento dos feitos do jovem, abri os mapas do Google e saí procurando descontinuidades na Floresta Amazônica para ver se ali se esconderiam civilizações antigas. Encontrei apenas as clareiras de devastação e exploração madeireira, abundantes, aliás. Uma pequena mancha perto da curva de um rio chamou a atenção, mas não deve ser nada. Não tenho mais idade para genialidades.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
O prêmio Nobel de economia deste ano foi para as atividades mais solidárias, remetendo a iniciativas que tivemos no Brasil pela introdução de políticas de apaziguamento das desigualdades sociais e […]
Foi um fim de semana cultural na essência e na distância. Começou na sexta-feira, dia 14 de setembro, com palestras para alunos do final do Fundamental e do Ensino Médio […]
Ainda fico surpreso quando se descobrem inéditos de escritores do século passado em gavetas mal vasculhadas ou jornais já desconhecidos. A digitalização de material impresso tem permitido tal façanha, ainda […]
O aniversário passou de braços dados com o dia do meio ambiente e foi sucedido por férias, cirurgia, convalescença e início do tempo frio. Situações que, acompanhadas de um bom […]
Adilson Roberto Gonçalves Vejo-me escrevendo longos textos de reflexões sem leitores para a desejada discussão. Palavras ditas não são ouvidas, as escritas preenchem blogs e páginas e lá ficam. Dormentes […]
O ambiente universitário é o mais fértil para discussões disruptivas. Mesmo não possuindo curso de graduação em jornalismo ou comunicação, a Unicamp sediou encontro de divulgação de ciência e cultura […]
O acesso aos acervos de jornais por meio eletrônico trouxe a possibilidade de se fazer descobertas antes inimagináveis na busca individual de cada periódico do passado. Deleito-me quando pesquisadores anunciam […]