A marca de um povo é sua Cultura. A soma de todas as manifestações culturais, que se mesclam com as históricas e as religiosas, não atinge a totalidade de uma civilização, pois faltam-lhe as pessoas para exercer e exercitar essas atividades. Sou um ser cultural, assim me reconheço, e desanimado (muito) pela situação atual de desmonte e descaso com o que foi construído em termos de política cultural nacional. Desde 1985 o Ministério da Cultura (MinC) tornou-se um órgão independente de outros, com o sobressalto no governo Collor, que o transformou em secretaria, mas resgatado na forma maior logo no governo Itamar Franco e mantido assim até semana passada e resgatado agora, após um forte movimento de artistas.
Não é possível que, por conta de míseros décimos porcentuais do orçamento, o MinC tenha sido extinto. Mais provável é a represália com a classe artística ou mesmo a ignorância governamental que se faz presente, haja vista a adoção de uma marca que usa a bandeira brasileira do tempo da ditadura militar, com cinco estrelas a menos do que a bandeira oficial vigente desde a Constituição de 1988. Aliás, essa Lei Magna é que está sendo ameaçada, pois os atributos dos planos nacionais de cultura perpassam pela existência de um órgão independente de gestão – o Ministério da Cultura – que deixou de existir com uma canetada e volta com outra. Queriam restituir parte de sua importância na forma de uma secretaria, fato que voltaria ao que Collor fez em seu malfadado governo. Mesmo com a recriação agora, a marca de descaso ficou.
Independente das posições – e paixões – políticas, Cultura deveria ser algo um pouco mais sério do que o corte simbólico de despesa ou a forma de fazer picuinha com adversários. Em Campinas, até o secretário municipal da Cultura, cujo governo é um condomínio PSB/PSDB, fez publicar artigo duro criticando essa decisão do governo federal que foi revertida em mais um movimento ioiô.
Dias nebulosos não virão, eles já estão aí.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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