Dois meses atrás discorri sobre a fosfoetanolamina (http://olorenense.com.br/2016/03/28/fosfoetanolamina/) e eis que ela volta às manchetes, trazida por capas semelhantes da revista semanal Veja e da Pesquisa Fapesp do mês de maio. A semanal procura dar um tom jocoso à ação do professor Gilberto Chierice da USP-São Carlos, responsável pela fabricação e distribuição da substância, ressaltando seu jeito de falar, com sotaque interiorano e usando erres no lugar de eles.
No entanto, a revista cita, ainda que brevemente, que há outras atividades científicas desenvolvidas pelo professor aposentado, uma delas referente ao uso do óleo de mamona em aplicações tecnológicas, que levamos para a Escola de Engenharia de Lorena e foi utilizado em alguns projetos de pesquisa e teses de alunos. Nossos compósitos de poliuretanas com bagaço de cana e outros subprodutos agroflorestais vêm daí.
Porém, no caso da fosfoetanolamina ou de outras substâncias, não basta acreditar que a droga funcione e usá-la indiscriminadamente. O que a reportagem da revista Pesquisa Fapesp mostra é que uma série de experimentos científicos, conduzidos com o máximo de rigor, mostrará o que realmente são essas pílulas e qual é sua verdadeira ação. Se o que foi relatado como “cura” for apenas o efeito placebo, que assim seja confirmado e divulgado.
A controversa aprovação da lei é mais um exemplo do quanto de irrealidade permeia pelos meios jurídicos e políticos. Discorri sobre isso em outros espaços e creio que já estou atraindo em demasia a fúria dos operadores do Direito com minhas divagações e questionamentos. Críticas, por fim.
Mas as leis naturais – ou seja, as da ciência – não se submetem a amores, crenças e dissabores humanos.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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