Colégio do Estado, na rua Viscondessa de Castro Lima, no antigo solar do Conde Moreira Lima.
Neste ano eu estou cursando o primeiro científico, pois ainda não foi criado o curso clássico, a minha vocação, nessa escola. Negação para as ciência exatas, venho passando muito vexame com as minhas notas baixas; em matemática, só tiro notas um ou dois. Notas baixas, diga-se de passagem, aqui e no Colégio Patrocínio de São José, onde me meti a fazer o primeiro ano de Contabilidade. Nessa escola, pontifica o professor Flávio Barreto, irmão da cabeleireira Alice, na rua da Piedade, o qual leciona uma disciplina hieroglífica, difícil mesmo, chamada Contabilidade Geral, na qual tiro notas vergonhosas.
Mas agora estou no Colégio do Estado, na aula de Matemática, ministrada magnificamente pelo professor Ramiro (que dizem ser um ótimo clarinetista). Esse professor está entregando as últimas notas mensais. É a minha vez de recebê-la.
O seu Ramiro tem um sorriso irônico na boca. Sádico, ele torce as mãos, olha pra sala e diz, com muita alegria:
– Senhores, hoje é dia de festa! Desta vez o Olavo conseguiu tirar três!
Olavo Rubens Leonel Ferreira é formado em Direito, Ciências Sociais e Pegagogia. É mestre em Educação. Lecionou na Universidade de Taubaté, na Faculdade de Direito de Lorena, nas Faculdades Integradas de Cruzeiro, nas Faculdades Teresa D´Ávila de Lorena e no Anglo Vestibulares. Escreve muito; tem uma meia dúzia de livros publicados e a maior parte do que produziu ainda é inédita. Durante alguns anos publicou crônicas sobre Lorena no saudoso Guaypacaré, dos seus amigos João Bosco e Carolina. Mora em São Paulo.
Quando eu cheguei a Lorena, em meados da década de 50 do século passado, o Ricardo Hegedus tinha um estúdio fotográfico na rua Comendador Custódio Vieira, na altura dos fundos […]
1949 foi um ano de mudanças radicais para as professoras do Grupo Escolar Gabriel Prestes. Como o prédio da escola estava precisando de uma reforma, suas aulas foram transferidas para […]
Ali estava dona Vera Molinari contando para o filho Ércio, que gostava de colecionar fotos da Lorena antiga, as histórias da sua meninice. Ela já era bastante idosa, mas nunca […]
Lorena, dezembro de 1951. Esse foi um ano cheio de acontecimentos significativos nesta cidade provinciana. Uma grande coligação de partidos – o PSP, PTB, PTN, UDN e PR – lançou […]
– Como é, hoje tem baile em sua casa? Aquele bancário que as moças encontraram na rua era o seu Nosor. Até hoje eu me pergunto de onde os pais […]
Foi nas primeiras horas da manhã de 15 de outubro de 1949. Alguém disse que os panfletos foram espalhados pela cidade, principalmente na rua Dr. Rodrigues de Azevedo, por um […]
Há 125 anos, nesta cidade de Lorena, aqui perto da estação de ferro, no lugar deste clube de recreação, existiu uma grande fábrica urbana. Nela, milhares de litros de melado […]