O espaço jornalístico para a divulgação da ciência é cada vez menor. Mesmo considerando a quase infinitude do espaço virtual, pouco é dedicado à divulgação e discussão do conhecimento, de sua construção e de seus impactos. Quando o espaço é usado, não raramente apresenta fatos distorcidos, interpretações equivocadas ou superficiais e uma tendência de apelar para o espalhafato. Boas manchetes não fazem boas reportagens, mas não adianta a denúncia.
O desconhecimento conceitual é grande, restando para mim a dúvida se o trabalho da imprensa feito com questões mais corriqueiras, como a política e a economia, não padecem do mesmo mal do desconhecimento. E engolimos tudo como se fosse a mais pura verdade.
Pregam os modernos políticos que eles não são políticos, pois sua proposta é a de nos alijar do debate, da tomada de decisões, ou seja, da própria política. Da mesma forma que querem nos expulsar da economia, dizendo que somos meros coadjuvantes do processo de produção, chamados de trabalhadores. Sim, basta que nos contentemos com migalhas – ou com uma refeição, como proposto por um nobre parlamentar – para que dignifiquemos nossa existência.
E, assim, sinto cada vez menos profundidade da avaliação jornalística dos fatos correntes, referentes a essa duas dimensões que acercam a todos: a política e a economia, como relato aí acima. Da ciência, então, o que esperar?
Os que nada sabem e creem que sabem são os ingênuos úteis. Os que sabem, mas nada fazem, são os omissos. Onde estão os que sabem e sabem que podem fazer as mudanças? Muitos foram drenados para o lado negro da sociedade, travestidos de cidadãos de bens.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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