O ambiente universitário é o mais fértil para discussões disruptivas. Mesmo não possuindo curso de graduação em jornalismo ou comunicação, a Unicamp sediou encontro de divulgação de ciência e cultura (EDICC), juntamente com um simpósio do grupo de jornalismo Projor. Os palestrantes foram jornalistas e pesquisadores de primeira linha e a plateia foi seleta, não podendo a qualidade do evento ser medida pelas ausências, especialmente dos alunos do cursos das áreas existentes na região.
Pude apresentar um sumário do trabalho de divulgação científica que faço por meio de colunas em jornais impressos e blogs, como este aqui. O Guaypacaré foi lembrado como meu primeiro veículo, cujos textos foram compilados no livro “Transformações na Terra das Goiabeiras”. Aprendi sobre o trabalho de investigação que é feito na revista CULT e o avanço dos podcasts, a transmissão em áudio da notícia científica.
Também assisti a um histórico sobre o projeto inacabado de universidade pública brasileiro e pude reencontrar o acadêmico Daniel Munduruku discorrendo sobre a importância dos saberes dos povos originais desta terra e sua constante ação para se manterem vivos. Vi a influência que a imprensa pode ter na política, especialmente a oposição a Donald Trump nos Estados Unidos. A constante ação afirmativa do movimento negro foi ali apresentada, que necessita dar uma voz aos que foram calados em séculos de escravidão. E houve uma seção somente com o elenco de jornalistas que atuam na Folha de S. Paulo, Estadão e revista piauí, com suas histórias e defesa de que as empresas de comunicação podem estar quebradas, não o jornalismo. O maior desafio para um jornalista é saber contar a história que ele decidiu contar, aprendi. Importante e ilustrativo foi uma mesa de discussão sobre a imprensa no interior, com seu viés fortemente familiar e as dificuldades para se adaptar ao novo tempo da redução da informação impressa. Mesmo com proposta de assessoria a dezenas de jornais, apenas cinco conseguiram fazer a travessia da modernização, incluindo redução da periodicidade e propostas de trabalho na forma de cooperativas.
O site do EDICC contém as apresentações em suas formas completas, mas a vivência e o contato direto com os interlocutores é experiência única, ainda mais para quem está trilhando esse caminho há um bom tempo como colunista, mas somente agora como aluno da especialização em jornalismo científico.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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