O prêmio Nobel de economia deste ano foi para as atividades mais solidárias, remetendo a iniciativas que tivemos no Brasil pela introdução de políticas de apaziguamento das desigualdades sociais e que foram refutadas nas urnas. Sim, nem sempre aquilo que é benéfico pela ciência e pela lógica, é aceito pela população. É uma espécie de Revolta da Vacina do início do século passado às avessas, imperando não apenas a ignorância, mas o conservadorismo.
Em detalhes, os norte-americanos William Nordhaus e Paul Romer integraram mudanças climáticas e inovação tecnológica no crescimento econômico, o que leva à sustentabilidade a longo prazo associada ao bem-estar da população, segundo eles. Economia é uma das ciências humanas, por mais recheada de números e equações que seja. Lembro-me da série de ficção A Fundação, de Isaac Asimov, que introduziu os psico-historiadores, capazes de prever os acontecimentos futuros, milênios à frente, por meio das avaliações e controles psicológicos: todas as possibilidades de uma grande sociedade seriam equivalentes à matemática.
Deixei no meu blog alguns comentários sobre os prêmios das chamadas ciências duras. Demorará para um prêmio brasileiro. O único do mesmo naipe é a Medalha Fields do Artur Ávila de quatro anos atrás, pouco comemorada, proporcionalmente.
O nosso complexo de vira-latas e a ilusão messiânica fizeram com que tenhamos perdido cerca de 75% do nosso pré-sal, que seria usado como um bilhete de loteria premiado para garantir o futuro da educação no país. Os beneficiários? Sim, sempre os do Norte e não são aqueles ali próximos da linha do Equador e sim aqueles outros pelos quais passa o Trópico de Câncer. Geografia numa hora dessas para, quem sabe, alertar sobre a importância da História, da própria História.
Na aula desta semana sobre tecnologia e sociedade, a professora procura chamar a atenção da turma, mas solta o conceito equivocado de química ser veneno, ou algo parecido, que sensibilizou estes meus ouvidos e nada mais foi escutado. Talvez tenha até deixado escapar que pobre é feio, mas devo ter compreendido mal – a ressaca democrática tem vários efeitos colaterais.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
O prêmio Nobel de economia deste ano foi para as atividades mais solidárias, remetendo a iniciativas que tivemos no Brasil pela introdução de políticas de apaziguamento das desigualdades sociais e […]
Foi um fim de semana cultural na essência e na distância. Começou na sexta-feira, dia 14 de setembro, com palestras para alunos do final do Fundamental e do Ensino Médio […]
Ainda fico surpreso quando se descobrem inéditos de escritores do século passado em gavetas mal vasculhadas ou jornais já desconhecidos. A digitalização de material impresso tem permitido tal façanha, ainda […]
O aniversário passou de braços dados com o dia do meio ambiente e foi sucedido por férias, cirurgia, convalescença e início do tempo frio. Situações que, acompanhadas de um bom […]
Adilson Roberto Gonçalves Vejo-me escrevendo longos textos de reflexões sem leitores para a desejada discussão. Palavras ditas não são ouvidas, as escritas preenchem blogs e páginas e lá ficam. Dormentes […]
O ambiente universitário é o mais fértil para discussões disruptivas. Mesmo não possuindo curso de graduação em jornalismo ou comunicação, a Unicamp sediou encontro de divulgação de ciência e cultura […]
O acesso aos acervos de jornais por meio eletrônico trouxe a possibilidade de se fazer descobertas antes inimagináveis na busca individual de cada periódico do passado. Deleito-me quando pesquisadores anunciam […]