Não é regra, mas acontece com quase todo mundo: janeiro parece ser o mês em que permanecemos em uma bolha. Até o dia 31 de dezembro, pensávamos em tudo novo, em novas expectativas, em esperança de que o novo ano não trouxesse problemas – só soluções.
Daí a ficha cai no dia 1º de janeiro e quando amanhece, o sujeito tem que lidar, além da ressaca, com o pagamento de um monte de boletos; as contas voltam a doer no bolso e a batalha do dia a dia reaparece. A bolha insiste em nos manter presos neste primeiro mês do ano. Tentamos procrastinar sob o argumento de que há tempo hábil para começar a agir; afinal, o ano só começará mesmo após o carnaval.
Mas o mundo não parou e, aos poucos, vamos nos dando conta disso. As dificuldades permanecem, a intransigência também – segue o jogo! E saímos da bolha, após relutar, assumindo postura de resiliência.
É preciso levantar e enfrentar, todos os dias. Senão para fazer diferente, pelo menos para agir e não esmorecer. Mas ainda dá tempo de refletir, antes de sair por completo da bolha: neste ano de 2020, o que pode ser diferente, apesar de as circunstâncias apontarem para a mesma direção?
A mudança está dentro de nós. Se encararmos a vida de outra maneira, os mesmos problemas parecerão novos. Porque a solução deles será também uma novidade.
O ano novo só será novo mesmo se renovarmos o ponto de vista em relação à vida. Como disse o poeta, a dica é “viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Dá para ser feliz. Basta evoluir e enfrentar os problemas com postura distinta daquela apresentada outrora. Desejo ao leitor um 2020 cheio de novas conquistas, um ano com uma bela e frutuosa revisão de paradigmas. Estou revendo os meus conceitos. E você? É isso.