Durante a quarentena, além de acompanhar as estatísticas do aumento de números de separações e divórcios pelos noticiários da TV e da internet, tenho ouvido muitos relatos de pessoas que viram em seus relacionamentos amorosos um fim. Se separaram ou estão a caminho deste…
A dor profunda causada por uma separação faz com que algumas pessoas procurem se esquivar culpando, desrespeitando, atacando o outro de muitas maneiras. E a dor assim, para ambos os lados, só tende a aumentar.
Foram muitos sonhos, planos, alegrias e também, talvez, alguns fracassos e descontentamentos juntos. Foram muitas vivências e também um grande amor, ou não teriam se casado, não é? Olhar pra fora dói, agride, provoca raiva, frustra, desencanta o que um dia foi encantado. O que fazer? Como sustentar tudo isso?
Quando a tristeza conseguir o espaço da raiva, pode-se dar o próximo passo.
Em uma relação de casal que termina, não existem dois inocentes, ou um inocente e outro culpado; há sempre dois culpados. Somente essa consciência, do fundo da alma, nos permite fazer alguma coisa. Esse é um reconhecimento importante para ambos e coloca algo de positivo em movimento.
Assim, quando chegar a vez da tristeza ceder o seu lugar, a despedida terá a licença para chegar. Eu falo aqui da despedida com amor; falo, então, da boa separação.
Tal despedida permite que um deixe com o outro o que lhe deu e fique com aquilo que recebeu, com amor e gratidão. Cabe aqui também assumir a sua responsabilidade pelo que não deu certo na relação e deixar o outro com a sua; também com amor. Então eles podem se separar em paz e seguir com a vida.
Se desta relação houver crianças, é importante que os parceiros continuem a se amar nos filhos. Sim, “continuem a se amar nos filhos” – ali eles sempre estarão juntos! Assim, as crianças se sentirão plenas, cheias, felizes com o papai e a mamãe e poderão também ficar em paz para brincar, aprender na escola, se alegrar com a vida e com o amor dos pais nelas.
Desta maneira, o fluxo da vida segue adiante, no caminho e a serviço da paz.
Christiane Reis Rodrigues Fonseca é psicóloga há mais de 20 anos, estudiosa do desenvolvimento humano e seus relacionamentos, mediação de conflitos e controle emocional. Apaixonada pela filosofia sistêmica nos moldes de seu criador, Bert Hellinger. Facilitadora das Constelações Familiares e Organizacionais. Educação Sistêmica. Terapeuta Sistêmica em Florais de Bach. Especialista em Atendimento Terapêutico individual, casal e familiar no modo online.
Instagram: @christianefonseca.constelar
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