O papel devora meus espaços e não consigo me livrar dele! Pelo que vejo em minhas caixas de emails e nos diretórios de meus computadores, o problema é acumular informação. Os dados são a base da investigação científica, mas ficarem apenas registrados em folhas ou armazenados em arquivos não se transformarão espontaneamente em conhecimento.
Ideias afloram ininterruptamente, mesmo quando dormindo ou com a atenção voltada a outra atividade. Registradas muitas estão em papeizinhos, cadernos, panfletos e material de apoio de congressos e simpósios. Não em margens de livros, pois preservo a integridade do veículo de transmissão de conhecimento. Transformar esses pensamentos escritos em algum projeto científico, obra literária ou mesmo um arquivo organizado de memórias, é mais um desafio.
Um dia pensei em escrever um diário, confesso que motivado pela leitura das cadernetas transcritas de Getúlio Vargas. Começou com folhas de papel almaço, migrou para livros ata, de capa preta, e depois percorreu cadernos de capa grossa colorida para serem mais resistentes ao transporte. Muitos buracos de registros ali ficaram, mas ainda insisto que um dia porei em ordem fatos inusitados ou importantes para marcar minha existência. Parece singelo ou mesmo infantil, mas é uma boa terapia.
Assim, setembro adentra o calendário, as folhas dos ipês já colorem o negro asfalto e as cinzas calçadas. Muita transformação na saúde familiar, na vida profissional e nos rumos incertos do país. Neste feriado, deveria aproveitar para iniciar a arrumação dessas angústias, mas parece que é mais um arquivo criado, uma ideia produzida e uma anotação escrita.
Pesquisador científico, formado em Química pela Unicamp. Foi professor na EEL-USP, em Lorena, por 20 anos, e atua na pesquisa de biocombustíveis e conversão de biomassa vegetal. Presidiu o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena por dois mandatos e é membro fundador da Academia de Letras de Lorena, tendo sido seu presidente por quatro anos.
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