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Os medos infantis

08/06/2015

O medo é um sentimento existente não só nos seres humanos, como também nos animais. É uma reação de defesa e muitas vezes positiva, pois é o que nos defende de muitos perigos.

A sensação do medo prepara o nosso corpo para a fuga ou para o ataque. Se, diante de um perigo ou de uma situação ameaçadora, não apresentássemos nenhuma reação, não teríamos como escapar de um perigo. Nesse sentido, o medo é essencial para a nossa sobrevivência.

O medo se torna problema quando começa a surgir diante de situações do dia a dia, prejudicando as atividades da criança. Medos exagerados e persistentes provocam muitas angústias, podendo trazer outros transtornos: timidez, terror noturno, insônia, falta de apetite, problemas escolares e outros. 

A maioria dos medos infantis desaparece com a idade. Os medos mais comuns são: o medo do escuro, de animais, de fantasmas, de monstros, de dormir sozinho, etc.

Existem situações que trazem sentimentos de insegurança, podendo acarretar medos exagerados e até fobias. Uma dessas situações é a entrada da criança na escola. Ao se deparar com o desconhecido e a falta da mãe, muitas crianças ficam assustadas e ansiosas.

A criança, ao conviver com pessoas muito medrosas, observa suas reações diante de alguns fatos. E provavelmente ela irá sentir pânico diante das mesmas situações, pois começa a entender que ali pode haver perigo.

Outras causas de medo podem ser a perda de uma pessoa da família, o nascimento de um irmãozinho, a separação dos pais, entre outras situações.

A melhor maneira de ajudá-las é passar segurança e conforto. Conversar e esclarecer os fatos para que ela se sinta forte para enfrentar o problema.

Um grande erro é tentar consertar o medo da criança fazendo com que ela o enfrente contra a vontade, acreditando que só assim ela perderá o medo. Por exemplo: obrigar a criança a pular na piscina quando ela tem medo de água, ou a pegar um cachorrinho no colo.

Os medos estão ligados a etapas do desenvolvimento e variam de intensidade de criança para criança. Eles estão relacionados com a personalidade dela e a forma como os pais abordam o problema. Com o crescimento e com a ajuda da família, eles vão desaparecendo.

Fases mais comuns do medo

– Até 7 meses: barulhos inesperados e luzes fortes.

– De 7 meses a 1 ano e meio:  pessoas e ambientes novos, medo de perder os pais quando estes saem da sua presença.

– De 1 ano e meio a 3 anos: escuro, ficar sozinho.

– De 3 a 5 anos: monstros, fantasmas, escuro, bichos, trovão.

– De 5 anos em diante: ser esquecido na escola, bandidos, personagens de terror.

– De 6 anos em diante: da própria morte e morte dos pais, das críticas e julgamentos.
Como ajudar:

Sempre mantendo o diálogo, explicando corretamente e esclarecendo as dúvidas. Quanto mais a criança conhecer a respeito do que lhe causa medo, menos preocupação e ansiedade ela terá.

COLUNISTAS / Meg Lorenzo Castilho

Margarida Maria de Lorenzo Castilho Nunes é psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade, professora de pós-graduação de Psicopedagogia, brinquedista (criadora da Brinquedoteca do Clube Comercial de Lorena), especializando-se em Neuropsicologia.  Em sua clínica, realiza atendimento psicológico e psicopedagógico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.


meglcnunes@yahoo.com.br

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