Entro no gabinete do prefeito. Se estivesse de olhos vendados, já adivinhava quem estava lá: o Geraldinho, o Mário Menezes Leal, o Djalma Colombi e talvez o Jorge Honório Bezerra de Menezes, com a sua voz roufenha e tonitroante. Ou outros personagens da “entourage” do alcaide…
Pontificava na conversa o senhor Antônio Tisséo. Como sempre, ele enfatizava as suas falas alisando teatralmente os cabelos, dando ênfase às palavras ditas.
Em algum momento ele pede para mim, seu oficial de gabinete, para que mande providenciar na copa uma rodada de cafezinhos para os presentes.
Saio dali e quase atropelo o seu Manoel de Matos, almoxarife, que foi chamado às pressas para a reunião. Assunto importante?
Não sei. Talvez ali se resolvam, nesta terça-feira qualquer, graves problemas municipais. Ou se jogue conversa fora…







