Autor: Maria Luiza Reis
Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.
Nos últimos dias da quaresma, o mundo todo chocou-se e comoveu-se com a queda de um avião alemão nos Alpes franceses, indo de Barcelona para Düsseldorf, com 150 pessoas, provocada intencionalmente pelo copiloto, jovem com problemas mentais. No avião viajavam bebês, adolescentes em viagem de estudo com suas professoras e demais pessoas vivendo a vida plenamente. Ficamos tristes, comovidos, com medo e assustados com o que um ser humano doente mental é capaz de fazer…Depois, lendo o artigo de J.R. Guzzo, que escreve na última página da revista Veja, que nos diz: “ninguém está dizendo que Brasil e Alemanha são…
A quaresma já terminou. Estamos na semana sagrada que nos lembra, pela fé, a morte e a ressureição de Jesus e nos faz (ou deveria fazer) pensar, refletir que também nós, um dia ressuscitaremos. Na terça-feira, rezando com o Pe. Antonio Maria pela televisão o terço de Aparecida, ele disse que, quem não vive de acordo com os mandamentos de Jesus Cristo, amando a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo, age como Judas. O Evangelho de terça-feira lembrou a traição de Judas para com Jesus. E o padre nos lembrou que, quem não ama a…
Foi no dia 20, ao entrar da noite. E pelo que li no caderno Aliás, do Estadão, há pessoas que já procuram no céu o azul inconfundível do outono, como o fotógrafo do Estadão Flávio Romero, que na sua página nos conta o porquê do azul límpido do outono: “Nesta estação a luz do sol atinge a Terra obliquamente, proporcionando uma luminosidade lenta e suave. Também venta mais, há menos poeira e umidade na atmosfera. Eis a receita para um céu azul mais denso e profundo”.E ele colocou no jornal fotos de um azul mais profundo, naturalmente não de agora,…
Vimos as cores verde e amarela tomando as ruas nas grandes cidades. Ouvimos (e em casa também cantamos) o hino nacional cantado com emoção, com sentido de quem realmente ama sua Pátria. Foi uma atitude patriótica de quem não pode e não deve aceitar tranquilamente o que políticos e pessoas de destaque fizeram e ainda estão fazendo em nosso país, na economia, nos empreendimentos, nas empreiteiras… Vimos o povo nas ruas e escutamos sua voz reclamando; porém sem violência, o que é certo. E sentimos esperança de que se o povo for ouvido, as coisas mudarão. Os ladrões do povo deverão…
Foto: Arquivo da famíliaFiquei sabendo, dias depois, do falecimento do conhecido e amigo de todos, Noel Cabral. Noel foi vereador, eleito em várias eleições. Trabalhou pela cidade, especialmente pelo seu bairro Olaria e pela igreja de São Pedro, que anima o bairro e hoje é paróquia. E foi ali, na capela de São Pedro, que conheci mais de perto o Noel, quando passei a dar aulas de catecismo para as crianças da escola “Climério Galvão César”, preparando-as para a primeira eucaristia. Era minha companheira a professora e colega Conceição Macedo, infelizmente já falecida. Noel estava sempre presente, providenciando o que…
Fazia muito tempo que eu não a via. Também não tenho saído e assim fico sem ver meus amigos. A idade e a doença também impedem as saídas e então ficamos sem a alegria de reencontrar as pessoas que queremos bem e admiramos.Maria Alice foi minha contemporânea na E.N. Patrocínio São José, embora estando quatro anos aproximadamente à minha frente. Depois, bem mais tarde, foi minha colega no “Conde”, onde éramos professoras efetivas. O que mais me chamava atenção em Maria Alice era sua tranqüilidade. Falava sempre baixo, nunca gritava com seus alunos, que estavam sempre atentos, naturalmente para ouvir suas…
Os ecos do Carnaval já estão indo, inclusive os do Rio e os do Nordeste. O povo brasileiro (não todo) já mostrou do que mais gosta. Já cantou, se divertiu e cansou. As flores rubras dos flamboyants já enfeitaram o fim do ano, o Natal, o ano novo e poucas da última primavera ainda restam nas árvores. As sibipirunas douradas já encantaram a primavera e o verão e já murcharam. As chuvas, porém (ainda bem!), apesar de ouvirmos todos os dias que não tem água e que a água vai acabar, estão aqui e ali (até em São Paulo!) e…
Sim, viajei para as regiões central e noroeste do estado e fiquei dois dias sem contemplar a serra. A minha visão para fora do carro era para planícies tratadas, cuidadas, certamente não mais com o café que enriqueceu a região quando, no final do século XIX, saiu do Vale do Paraíba, onde não dava mais, para aquela região do estado de São Paulo. Agora, com certeza, as plantações que enxerguei de passagem, na planície, eram de cana de açúcar. A região habitada principalmente por descendentes dos imigrantes italianos que a colonizaram foi e continua rica, mesmo sem a visão surreal…

