Autor: Maria Luiza Reis
Maria Luiza Reis Pereira Baptista é diretora de escola aposentada, membro da Academia de Letras de Lorena, da qual é sócia fundadora. Membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e autora do livro de poemas “Chuva Doce”. Foi colunista do Jornal Guaypacaré durante mais de dez anos, tendo escrito mais de 400 crônicas.
Estamos vivendo um verão raro: pouca chuva, muito quente, temperaturas chegando à porta dos 40 graus. Ainda bem que, de vez em quando, acontecimento também raro, há uma queda boa na temperatura, não sei se trazida pelos ventos do norte ou do sul, que nos alivia bem do calor intenso.E o calor me faz lembrar de Lorena da década de 40, aproximadamente. Fazia calor (mas não como o de agora) e chovia, lógico, mas também havia noites lindas de lua cheia que ficavam ainda mais belas em nossa praça principal rodeada de palmeiras imperiais. Parecia que a lua morava ali,…
Quando São Paulo completou 450 anos, escrevi a poesia que está no livro “Chuva Doce”. Agora, São Paulo completa 461 anos, mas acho que a cidade não mudou. Continua sendo a maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo. Imigrantes de todos os lugares mais problemáticos do mundo a procuram para viver melhor. Muitos conseguem, mas nem todos. A grandeza e os problemas de São Paulo continuam se encontrando, se batendo na grande metrópole, mas ela continua conhecida e procurada no mundo: São Paulo é Brasil – Brasil é São Paulo. Por isso, a poesia é a mesma:Vestida de…
O jornal nasceu em janeiro de 1875 em São Paulo, capital da Província então com 31.000 habitantes, com o nome de “Província de São Paulo”.Cento e quarenta anos se passaram. O jornal democrata lutou sempre pela democracia e pela liberdade de expressão. “Republicano na monarquia, abolicionista na escravidão, rebelde nas ditaduras, invadido, censurado, ele tem sido, em grandes momentos, testemunha e protagonista”.Entre os donos estavam no começo Américo de Campos e Francisco Rangel Pestana.O jornal acompanhou passo a passo, todos os dias, a história do Brasil e nela também fez a sua história.Nos primórdios, quase parou a edição porque houve…
Foi em dezembro, mas ainda vale registrar. Foram momentos maravilhosos, quando o nosso espírito e a nossa sensibilidade se sentem levados pela música, seja a clássica ou não, que comanda os movimentos de todo o corpo das meninas e jovens que dançam.Dançar é viver a música naquele momento; é deixar-se levar por ela no corpo e na alma.É bonito, é diferente, é mágico ver a música comandando. E as meninas deixam-se invadir pela música clássica ou popular, infantil ou universal e nos levam juntos na parte sensível do nosso ser que ama, admira e também vive a arte.E é bom…
Apesar de tudo o que acontece pelo mundo, ainda é tempo de desejar e de dizer: Feliz Ano Novo!
Acabo de escutar na televisão sobre o ato terrorista que matou à queima roupa 12 pessoas em Paris; entre elas, jornalistas e cartunistas, dos melhores e mais conhecidos na França e no mundo.Só temos que ficar aterrorizados e tristes. Ainda falamos e desejamos dias melhores, menos violentos para o ano que acaba de entrar. Mas uma notícia como esta, num dos lugares mais famosos e históricos do mundo ocidental, do mundo cristão, nos deixa perturbados. E continuamos perturbados se não nos levantarmos dos nossos medos e pesadelos, não enxergando o mundo somente descolorido ou em cores tristes.Porém, mesmo levando medos…
Sim, a atmosfera natalina já está presente em tudo e em todos. É uma atmosfera dourada que nos encanta. É a atmosfera da alegria pela espera do Menino Jesus, que nos traz Deus com seu amor, seu poder e seu encantamento porque Nele e por Ele recebemos a paz, a alegria, o amor e a beleza… E assim nos sentimos outros nesta espera e nesta chegada.Mas o Natal passa e voltamos à rotina dos dias comuns, ora ensolarados, ora nublados ou chuvosos, não mais dourados pelo encantamento natalino. Então vem a hora da reflexão. O Natal nos traz a presença…
Este começo de dezembro, ainda na primavera, trouxe não somente para a sua querida família, mas para toda Lorena, a tristeza da partida do prof. Carlos.O prof. Carlos atuava na educação, atuava na religião, atuava na sociedade em todos os eventos importantes.Foi professor das matérias mais difíceis para quase todos os alunos, como Física e Química, fazendo com que eles, quase todos, passassem a gostar e se interessar pelas exatas. Meus filhos (menos o Carlos Antônio) foram seus alunos no São Joaquim e nunca se esqueceram nem dele nem das matérias que ele ensinava. O prof. Carlos, além do São…
Lembro-me da Leila (também conhecida como Layla) desde pequena, ali, na loja dos seus pais, os sírio-libaneses “Seu” Miguel e Dona Jamila. Era a mais nova das quatro irmãs – Nur, Adélia, Maria Aparecida e Leila. Muitas vezes estava ali, brincando, pequenina, sob os olhares atentos e felizes de seus pais.Seu Miguel era alegre, simpático, tratava a todos muito bem. Dona Jamila já era muito preocupada e nos olhava atenta – a nós, crianças e colegas na escola da Nur e da Adélia. A Cida era ainda bem nova – Dona Jamila tinha medo que chamássemos as meninas para jogar…

