Não existe caminho para o conhecimento. O conhecimento é o caminho.
A perene discussão sobre o trinômio saber–educação–conhecimento não fará com que ele melhore; ao menos, como certas crenças e fundamentos, fará com que muitos sobre ele escutem e quem sabe discutam. Com a educação, o saber e a aquisição de conhecimento é assim. Ou assim deveria ser.
À coluna da semana passada, Rafael Marzullo Ferrari deixou um comentário importante no Facebook, discutindo aspectos de meu texto. Problemas estruturais da educação são evidentes. A criança que não se alimenta bem não terá condições do aprendizado – um dos temas tocados pelo Rafael. Mas para aquela que nada falta também não é muito diferente sua situação nas dificuldades criadas ou imaginadas para a aquisição do saber.
Estruturas familiares, de ambiente e de perspectivas para o educando, acabam por ser as mais importantes. Outros aspectos mais materiais, como a merenda ou a condição do prédio escolar, podem servir de muletas para justificar o baixo interesse pelo estudo. O professor tem aí o papel primordial de estimulador e facilitador dessa jornada, mas se ele próprio não é valorizado e reconhecido ou é recebido a cassetetes, como ficaremos?
Já ouvi piadas dizendo que quem sabe faz e quem não sabe ensina. Ledo e grosseiro engano, pois se quem sabe faz foi porque houve alguém que sabia mais ainda para lhe ensinar. Ou mostrar como é que se faz. E bem feito.
Por fim, convém esclarecer que energia não é produzida e sim transformada. Assim, o moto contínuo do título, usado como figura de linguagem, não existe e não existirá. Apesar de alguns quererem o contrário e virem, de vez em quando, com soluções mirabolantes para as crises energéticas que constantemente vivemos.