Diversidade é uma constante na natureza. Distribuição de espécies, adaptação a lugares inóspitos, metabolismos, formas de reprodução, cores e amores. Alguns itens, apenas como exemplo, pois a forma diversa da existência é ampla e nem toda conhecida.
Essa mesma diversidade é desrespeitada pelo integrante de maior relação entre número de neurônios e massa corpórea. Sim, nós, os seres humanos. Não conseguimos nos vermos como parte ativa desse organismo maior chamado planeta Terra, nem atentamos para sutilezas e divergências integrantes de nossa própria existência humana. Como disse, esse desconhecimento vai de cores a amores.
Intriga-me saber se o amarelo das flores da sibipiruna que colorem as ruas neste momento é de substância idêntica ou parecida à que dá a mesma cor aos ipês que já floriram a seu tempo.
Isso é apenas para introduzir outra dúvida, referente ao outro tipo de cor. Nesta semana, a revista CartaCapital traz um artigo interessante de Dráuzio Varella, discorrendo sobre pesquisas genéticas para identificar a possível correlação entre DNA e homossexualidade. À parte da aridez do tema como questão científica, uma das estimativas mostra que 10% da população é homossexual. Coincidência ou não, é a mesma porcentagem de canhotos, sempre pensando em números estimados, uma vez que não é um valor exato para se conseguir apurar. No passado, escrever com a mão esquerda era considerado demoníaco. Tanto é que o termo sinistro vem daí, pois sinistra significa esquerda. Triste a coincidência numérica com a homossexualidade e as repressões sociais a ela feitas, sempre fruto da ignorância ou da vontade de predominância de apenas uma visão de mundo, de comportamento ou de condição genética.
E assim, comemora-se um ano desse espaço virtual. Como dito pela guerreira Graziela Staut, “o tempo passou rápido!”. Mas foi aproveitado em cada minuto, em cada instante. Que o colorido de cada estação e de cada opinião esteja presente nos vários outros aniversários que virão.