O grande desejo dos filhos é verem seus pais juntos para sempre. Mas às vezes, isso não é possível e as crianças sofrem, ainda que veladamente. Os pais precisam separar a relação de homem e mulher da relação de pai e mãe, continuando a honrar o outro pelos presentes (os filhos) que a vida lhes deu juntos.
Quando as crianças e os adolescentes são envolvidos no conflito dos pais, tendo que escolher ou não com qual dos dois ficar, sendo impedidos de conviver, falar e até amar o outro genitor, os efeitos são nefastos.
Os filhos sentem como se a sua outra metade fosse ruim, não prestasse e, portanto, que não é amada. Diante disso, frequentemente, os comportamentos se alteram. Pode aparecer agressividade, obesidade, automutilações, comportamentos recorrentes nos quais a criança ou o adolescente se coloca em perigo, uso de drogas, depressão, dificuldades na aprendizagem, etc.
Há filhos que se colocam entre os pais, tomando partido de um deles, e passam a criticar, julgar e ignorar o outro. Porém, no profundo da alma, continuam a amar o outro genitor e sofrem muito com isso.
A compensação desse “amor reprimido” é que esse filho cresce e se torna igual ou se casa com alguém semelhante ao genitor excluído. Por exemplo: uma filha “impedida” de amar o pai devido ao seu alcoolismo, cresce e se casa com um homem que possui essa mesma questão.
O movimento que ajuda é o cultivo do respeito e da gratidão ao outro, mesmo que ele (ou ela) não esteja disponível ainda para o mesmo posicionamento.
O homem e a mulher que se separam precisam continuar a amar o outro NOS filhos. Isso permite que os filhos se sintam livres, amados por inteiro e, portanto, felizes!